O segmento dos SUV continua a ser um dos que mais atenção recebe e, para contrapor com a chegada de novos concorrentes, a Mercedes-Benz retocou o seu GLC, tanto na versão SUV, como na versão Coupé, aplicando-lhe ténues mudanças estéticas e novidades mais relevantes nas motorizações, nas tecnologias de assistência à condução e nalguns detalhes do interior.
Olhando de fora, o leitor poderá não observar muitas diferenças face ao anterior GLC, mas as mudanças existem e tornam este modelo mais atual, sobretudo ao nível da integração entre grelha e óticas, passando a dispor na dianteira de tecnologia de iluminação LED High Performance (aliás, o mesmo se aplica na traseira), além de novos para-choques. Globalmente, a marca preferiu não produzir um efeito de rutura, atendendo ao facto de que o GLC é um produto com sucesso e que tem granjeado enorme aceitação entre os clientes da marca pelo seu estilo.
No entanto, entre as novidades para a gama GLC estão também a cor cinza ‘graphite’ e quatro opções de jantes aerodinâmicas disponíveis em diâmetros de 18 a 20 polegadas com pneus de baixa resistência ao rolamento. Destaque, também, para as linhas disponíveis, havendo a de Base, a Off-Road, com estilo particular e 245 mm de altura ao solo com suspensão pneumática de série, e a AMG, mais desportiva, com a grelha dianteira cromada em padrão diamante, para-choques dianteiro com design específico da AMG, ponteiras de escape trapezoidais integradas no para-choques, bancos desportivos com bolsas laterais elevadas e combinação jantes/pneus em diâmetros de 19 a 20 polegadas.
Por dentro, há diversos focos de interesse, um deles sendo o novo volante já com comandos táteis, mas igualmente relevante é o facto de o GLC ser o primeiro modelo de geração anterior a contar com o sistema MBUX. Esta tecnologia, estreada no Classe A de nova geração, tem vindo a ser aplicada nos novos Mercedes-Benz em cada estreia.Porém, agora chega ao GLC em facelift, podendo o utilizador introduzir diversos comandos, incluindo os de voz pela frase ‘Hey Mercedes’. Além disso, o anterior sistema de comando rotativo entre os dois bancos da frente foi substituído por um mais moderno comando multitoque e multifunções na consola central. É utilizado como alternativa ao controlo por voz e além disso oferece a possibilidade de inserir manualmente letras, números ou carateres especiais.
Motores símbolo da eficiência
Tal como sucede noutras gamas da marca alemã, também o GLC passa a contar com uma nova geração de motores de quatro cilindros a gasolina e Diesel. O primeiro (M 264) destaca-se pelo maior equilíbrio entre prestações e consumos, surgindo nas versões GLC 200 e GLC 300 em lugar do antecessor M 274, enquanto o motor OM 654 de quatro cilindros turbodiesel substitui o antecessor OM 651.
Os AMG também ganham novidades, tanto no SUV como no Coupé: a versão GLC 43 4MATIC passa a dispor de 390 CV de potência, crescendo 23 CV face ao modelo precedente. Os AMG 63 4MATIC e AMG 63 S 4MATIC mantêm o poderio dinâmico com o motor AMG V8 de 4.0 litros biturbo a apresentar 476 CV na variante base e 510 CV de potência para o ‘S’.
Os componentes mais importantes do sistema de pós-tratamento dos gases de escape estão diretamente instalados no motor para uma redução eficiente das emissões. Além disso, as medidas para isolar o calor e os revestimentos adicionalmente desenvolvidos como a tecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction) causam uma diminuição adicional das emissões. Para reduzir as emissões de óxido de azoto em condições de carga elevada, o motor Diesel OM 654 está equipado com um catalisador SCR adicional instalado debaixo do piso do veículo. Como resultado, o motor já cumpre os requisitos das emissões em condução real. O motor Diesel de quatro cilindros OM 654 é combinado com o sistema de tração integral 4MATIC e a caixa de velocidades automática 9G-TRONIC.
Os Diesel estarão disponíveis com quatro níveis de potência: o GLC 200 d (com e sem 4MATIC) tem 163 CV (consumo combinado de 5,2-5,4 l/100 km e emissões CO2 de 137-144 g/km em ciclo WLTP), o GLC 220 d (com e sem 4MATIC no SUV) debita 194 CV (consumo combinado de 5,2-5,4 l/100 km e emissões CO2 de 137-144 g/km em ciclo WLTP), o GLC 300 d 4MATIC oferece 245 CV (consumo combinado de 5,8 l/100 km e emissões CO2 de 151-153 g/km em ciclo WLTP) e, por fim, o GLC 400 d 4MATIC (antigo 350 d) passa a debitar 330 CV.
Híbridos: Revisão da matéria dada
O GLC também receberá versões híbridas Plug-in com competências reforçadas, com o GLC 300 e a surgir em janeiro de 2020, tendo como um dos principais pontos de destaque o aumento da capacidade da bateria, que passou de 8.7 kWh para 13.5 kWh, recorrendo também a um carregador de bordo de 7.4 kW. Terá 320 CV de potência e 700 Nm e binário. Destaque ainda para a troca da caixa de sete velocidades 7G-TRONIC por uma mais eficiente 9G-TRONIC de nove relações. A autonomia em ciclo WLTP varia entre 39 e 43 km. Já o consumo de combustível irá variar entre os 2,2 e os 2,5 l/100 km. Mais tarde, em junho de 2020, será a vez do GLC 300 de, que irá juntar motor 2.0 Diesel de 194 CV a um elétrico de 122 CV para um total de 316 CV.
No caso dos motores a gasolina, todos eles com quatro cilindros (com exceção dos AMG), a versão de entrada GLC 200 (com e sem 4MATIC) tem uma potência de 197 CV, com 13 CV (10 kW) do motor elétrico adicionais, juntando-se ainda a variante GLC 300 4MATIC com 258 CV e também os 13 CV (10 kW) de sistema elétrico 48V. Em ambos os casos, o binário do motor elétrico é de 150 Nm, que se junta aos 320 e 370 Nm de binário do motor térmico, respetivamente.
A nível técnico, recebe ainda o sistema Dynamic Body Control com amortecedores ajustáveis nos eixos dianteiro e traseiro. Em função da situação de condução, da velocidade e da condição da estrada, o amortecimento de cada roda é controlado individualmente em interação com os dados provenientes do motor, da caixa de velocidades e da direção. É operado com o interruptor do DYNAMIC SELECT e permite escolher entre três modos: o modo “Sport“ e “Sport +“ proporcionam uma configuração mais rígida dos amortecedores, enquanto o modo “Comfort“ proporciona uma condução orientada para o conforto.
Reforço de equipamento
A Mercedes-Benz também fez um esforço na composição do equipamento para a versão de entrada, denominada Base, a qual passa a dispor de câmara traseira, controlo tátil ’touchpad’ na consola central, jantes especiais de 18 polegadas, bagageira com acionamento elétrico, depósito de 66 litros, iluminação LED e Pack Bancos Conforto com ajustes elétricos (exceto acerto longitudinal).
Preços
A gama de preços inicia-se nos 58.950€ para o GLC 200 d na versão SUV (mais 1000€ no GLC Coupé), com a oferta a gasolina a partir nos 60.450€ do GLC SUV 200 e nos 61.950€ do GLC Coupé 200.
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