M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Há uma nova marca automóvel no topo da tabela daquelas que oferecem maior rentabilidade: a Suzuki sucede à BMW como a marca mais lucrativa do mundo no segundo trimestre deste ano.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A indústria automóvel é conhecida por ter baixas taxas de rendibilidade. É um meio que necessita de altos investimentos, mas cujos dividendos são uma parte ínfima do valor investido inicialmente. Obter lucro com a venda de um automóvel exige muitos malabarismos, como uso de peças comuns em automóveis de aparência completamente diferente e divisão de custos de desenvolvimento por vários modelos.

Estes resultados foram anunciados pelo jornal económico alemão Handelsblatt, que cita um estudo da Ernst & Young e que revelou que os 11,4 por cento de margem de lucro da BMW foram batidos no segundo trimestre de 2018 pela Suzuki, que conseguiu uma margem de lucro de 11,8 por cento com a sua gama de modelos. No entanto, no acumulado do primeiro semestre, a BMW continua a ser marca mais lucrativa, de acordo com outra publicação alemã, a Manager Magazin.

A Suzuki está a beneficiar de alguns fatores que afetam negativamente a marca alemã. Além de não depender tanto em motores Diesel, o construtor japonês já não vende os seus automóveis na América do Norte, pelo que está imune aos efeitos da declarada guerra de tarifas entre Estados Unidos, União Europeia e China.

O seu principal mercado é a Índia, onde domina o mercado, com uma penetração de 52 por cento, vendas quatro vezes superiores ao segundo classificado e ocupando os seis primeiros lugares da tabela de modelos. Também tem um número reduzido de plataformas, com modelos como o Swift e Baleno baseados na mesma tecnologia, assim como o S-Cross com o Vitara.

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