Visualmente impressionante e dotado de capacidade de aprendizagem, o sistema de infoentretenimento MBUX da Mercedes-Benz conhece uma grande evolução com o lançamento do Hyperscreen, uma abordagem mais tecnológica que se irá estrear no EQS, a berlina elétrica de ponta que chegará ao mercado ainda este ano.

Previsto para ser depois lançado noutros modelos da marca, a começar pelo Classe S, o novo sistema MBUX Hyperscreen assenta num ecrã curvo de grandes dimensões que se estende quase inteiramente ao longo de todo o tablier, com um lado emocional capaz de surpreender os ocupantes do veículo.

Visualmente, o MBUX Hyperscreen aparenta ser um ecrã único, mas é uma conjugação de elementos de design analógico/digital: vários ecrãs integram-se de forma harmoniosa, resultando numa superfície curva de grandes dimensões. As saídas da climatização do habitáculo estão integradas nesta grande superfície digital, conectando os mundos digital e físico.

Em seu redor, o MBUX Hyperscreen conta com uma moldura contínua pintada na tonalidade ‘Silver Shadow’ num processo tricamada, para oferecer uma aparência de grande qualidade, graças a finas camadas intermédias. A iluminação ambiente instalada na parte inferior da estrutura concede uma aparência de que o ecrã está a flutuar sobre o o painel de instrumentos.

Além disso, a competência de aprendizagem é outro dos pontos destacados pela marca alemã, recorrendo à mais recente geração de Inteligência Artificial (IA). Assim, graças a software de ponta, tanto o ecrã, como o sistema operativo conseguem adaptar-se ao utilizador, efetuando até sugestões personalizadas para diversas funções de infoentretenimento, conforto e outras ações.

Graças à denominada ‘camada zero’, o utilizador não precisa de fazer ‘scroll’ no ecrã ou dar comandos vocais. As aplicações mais importantes são sempre oferecidas numa situação contextual no topo do campo de visão do condutor. Ou seja, a Mercedes-Benz quer que as aplicações mais importantes não obriguem a uma procura no menu, sendo assim necessário percorrer ‘zero menus’.

Na evolução do sistema, mais de 20 funções – desde o programa de massagem ativa aos lembretes de aniversário, passando pela lista de afazeres – são automaticamente oferecidas através da Inteligência Artificial quando forem relevantes para o cliente. Os engenheiros da marca deram-lhes um nome – ‘Módulos Mágicos’, que são mostrados na camada zero do sistema (ou seja, logo à partida).

Por exemplo, se o utilizador tiver o hábito de telefonar para um amigo na terça-feira à tarde, o veículo apresenta essa possibilidade nesse mesmo dia da semana e nesse mesmo horário, os quais o sistema vai ‘aprendendo’ ao longo dos tempos. Um cartão de visita é até apresentado para o efeito. Para garantir a segurança, todas sugestões do MBUX estão ligadas ao utilizador, pelo que se um outro utilizador conduzir o EQS, essa sugestão da chamada não será feita. Noutra funcionalidade de aprendizagem, sempre que o veículo chega a um ponto em que o condutor ‘forçou’ o levantamento do chassis para superar lombas ou passeios, o sistema irá recordar o posicionamento GPS desse local para que seja proposto independentemente ao condutor.

O passageiro também conta com um ecrã e sistema operativo no seu lado. O ecrã do passageiro pode oferecer até sete perfis de utilização, embora num detalhe relevante, as funções de infoentretenimento do lado do passageiro apenas estejam disponíveis de acordo com as regras legais de cada país quando em viagem. Se o lugar do passageiro não estiver ocupado, para evitar distrações, esse mesmo ecrã torna-se num elemento decorativo, com possibilidade de apresentar grafismos como as estrelas do símbolo da Mercedes-Benz.

Os ecrãs central e do passageiro recorrem a tecnologia OLED, mais avançada e eficiente, permitindo ainda um maior contraste visual entre imagens e cores, independentemente do ângulo de visão ou das condições de luminosidade. Os grafismos têm um esquema laranja/azul, podendo também o ecrã da instrumentação ser personalizado e, na sua configuração clássica, oferece dois elementos circulares reinterpretados com um ‘sabre de luz’ numa lente de vidro.

Sendo adaptado ao EQS, futuro elétrico da Mercedes-Benz, o sistema MBUX Hyperscreen revela ainda funções específicas e grafismo dedicado e inovador.

“Com o nosso MBUX Hyperscreen, há uma visão de design que se torna realidade. Combinamos tecnologia com design de maneiras fascinantes que oferecem uma facilidade de uso sem precedentes. Adoramos simplicidade, atingimos um novo nível com o MBUX”, refere o responsável máximo de design do grupo Daimler, Gorden Wagener.

Para melhorar a atuação do seu sistema de infoentretenimento, a marca investigou os comportamentos de utilização da primeira geração do MBUX, que foi lançado em 2018 com a apresentação do Classe A de nova geração. As funcionalidades mais comuns foram as de Navegação, Rádio/Média e telefone, com a navegação sempre em tamanho máximo no ecrã central.

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Dados do MBUX Hyperscreen

No total, o MBUX Hyperscreen mede 141 centímetros de ponta a ponta, com uma área utilizável pelos passageiros de 2.432,11 cm2. A grande cobertura em vidro foi formada num processo de moldagem de aproximadamente de 650ºC, que permite uma visão sem distorções em toda a largura dos ecrãs, independentemente da inclinação da cobertura.

Há um total de 12 atuadores sob o ecrã tátil para o feedback háptico durante a operação. Se o dedo tocar nalguns pontos, ativam um ponto de vibração notório para o utilizador. Duas camadas de cobertura reduzem os reflexos e tornam a limpeza mais fácil. O vidro curvo em si é resistente a riscos. Em resposta a caso de acidentes, existem pontos de quebra predeterminados graças à sua estrutura em ninho de abelha na camada inferior.

Na vertente técnica, conta com oito núcleos CPU, com memória RAM de 24 GB e 46.4 GB por segundo de largura de banda de memória RAM. O sistema consegue adaptar a luminosidade das suas imagens ao ambiente em que se encontra, graças à medição de uma câmara multifunções e de um sensor de luminosidade.

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