A companhia alemã está empenhada no seu futuro puramente elétrico em termos de transportes (pretende fazer a transição total em 2030, nos mercados que o permitirem), pelo que decidiu aliar-se à ACC como forma de acelerar os desenvolvimentos das baterias elétricas, colocando à disposição desta joint-venture a sua tecnologia e experiência de produção. O objetivo é poder criar baterias sustentáveis com tecnologia de ponta a custos competitivos para os automóveis totalmente elétricos. As novas baterias serão recicláveis em 95%.
A Mercedes-Benz refere que, para cumprir com o seu plano original de transição energética até ao final desta década, necessita de uma capacidade de produção de baterias superior a 200 GWh até à mesma data, fazendo parte dos seus planos a construção de oito fábricas de produção de baterias a nível mundial em parceria com outras entidades. Quatro dessas grandes fábricas serão na Europa, pelo que a decisão de se juntar à ACC foi tomada neste mesmo sentido. A aliança com a ACC permitirá obter uma capacidade de produção em redor de 120 GWh no final da década.
“Esta nova parceria permite-nos assegurar o fornecimento, tirar partido das economias de escala e oferecer aos nossos clientes tecnologias superiores de baterias. Mais importante, podemos ajudar a assegurar que a Europa permanecerá no coração da indústria automóvel – mesmo na era elétrica: com a Mercedes-Benz como nova parceira, a ACC aponta a mais do dobro na sua capacidade nos pontos europeus para apoiar a competitividade industrial da Europa no desenho e produção de baterias”, afirma Ola Källenius, CEO da Mercedes-Benz.
O projeto da ACC irá exigir um investimento na ordem dos sete mil milhões de euros – numa combinação de valor, dívida e subsídios – para alcançar uma capacidade de, pelo menos, 120 GWh na Europa no final da década. A Mercedes-Benz irá investir centenas de milhões no próximo ano, mas o total do investimento da companhia deverá ficar abaixo dos mil milhões de euros.
A ACC vai fornecer a Mercedes-Benz com as suas baterias de alta performance a partir de meados da década, estando em avaliação a possibilidade de se ampliar a rede de produção prevista atualmente para a Europa, procurando-se assim acrescentar mais pontos no Velho Continente.A ACC foi fundada em 2020 e combina as capacidades da Stellantis, TotalEnergies e agora também daMercedes-Benz, complementando-se entre si. O objetivo da ACC é tornar-se o líder do mercado europeu de células e módulos de baterias de automóveis que permitem uma mobilidade limpa e eficiente para todos. O centro de I&D em Bordéus (França) está operacional e o local piloto em Nersac (França) iniciará a produção no final deste ano.
