A Opel intensifica o desenvolvimento da nova geração do seu SUV compacto, o Mokka, que persegue novas competências em matéria de dinamismo, conforto, qualidade e eficiência. O lançamento deverá ocorrer na parte final deste ano, com os testes de desenvolvimento e afinação do modelo a decorrerem ao longo do verão de forma contínua.

No centro de testes Rodgau-Dudenhofen, na Alemanha, os técnicos estão a realizar ensaios para garantirem elevados níveis de insonorização, de dinâmica e segurança de condução a elevadas velocidades, além do tato da direção e dos pedais tipicamnte Opel. Isto garante ao modelo alemão uma presença diferente em relação ao seu ‘primo’ Peugeot 2008, com o qual partilha plataforma (CMP) e muitos dos componentes técnicos.

Contudo, a Opel quer assegurar uma posição muito própria do seu novo Mokka, razão pela qual os especialistas da Opel de chassis, motorização, eletrónica e iluminação estão envoltos desde fevereiro das temperaturas gélidaas do Ártico para proceder a acertos de chassis e sistemas de assistência, em lagos gelados e nas estreitas estradas da Lapónia, na Suécia.

Note-se que a nova geração do Opel Mokka terá diferentes motorizações – gasolina, Diesel e elétrica – por mérito do recurso à já referida plataforma multi-energia CMP do Grupo PSA, havendo também um grande cuidado na redução do peso geral. Graças ao recurso a aços de elevada rigidez e embora com praticamente a mesma distância entre eixos e as mesmas medidas de rodas que o modelo anterior, o novo Mokka pesa até menos 120 kg, dependendo, naturalmente, da versão em comparação.

Na versão elétrica Mokka-e, as baterias estão instaladas sob o piso da carroçaria, o que contribui para baixar o centro de gravidade e, simultaneamente, acrescentar 30% à rigidez torsional de toda a estrutura.

Testes e afinações no Círculo Polar Ártico

Na primeira fase, a aposta pelo inverno do Ártico foi dominante. Gunnar Nees, experiente engenheiro da Opel, nunca se cansa de repetir volta após volta o mesmo troço no gelo. Nas curtas paragens, aproxima o computador portátil, lê os dados recolhidos e regista cada quilómetro percorrido. Na vasta aridez do Ártico ainda faz muito frio em março. São as condições ideais para orquestrar a harmonia entre ABS, ESP, sistemas de assistência e os restantes componentes do chassis do Mokka.

Os protótipos de testes ainda se escondem sob uma camada de película de disfarce verde e preta, com um desenho 3-D destinado a ocultar os contornos do automóvel. O engenheiro trouxe este protótipo até ao extremo norte para proceder a acertos no chassis.

Nada de fundamental deve mudar no que diz respeito a precisão do comportamento dinâmico e ao comportamento geral do automóvel, seja qual for o clima ou a região onde está a ser conduzido. Peças, componentes e sistemas são continuamente testados e afinados pelos engenheiros da Opel: amortecedores, molas e direção, entre muitos outros elementos… E o ‘software’ de controlo é adaptado, para obter o melhor tato nos pedais de acelerador e de travão, para alcançar o peso certo na direção, bem como para garantir a interação ideal entre todos os sistemas de assistência.

Testes de alta velocidade e sessões de ‘tortura’

De regresso à Alemanha, o mesmo engenheiro de testes toma o volante de um protótipo Mokka no centro de Rodgau-Dudenhofen. Karsten Bohle, o coordenador de projeto da segunda geração Mokka, junta-se a Gunnar Nees.

“Estamos naturalmente ansiosos por ver o novo Mokka nas estradas, conduzido pelos nossos clientes. Os testes decorrem exatamente como havíamos planeado, também porque o nosso ‘benjamim’, que é leve e compacto, reage bem às afinações. O comportamento e o conforto são de alto nível. O Mokka é uma delícia de se guiar e o trabalho de desenvolvimento tem sido um grande prazer”, afirma Bohle.

O novo Mokka está pronto para o exame final no Centro de Testes. O conforto em andamento e a insonorização têm que manter-se em elevados níveis, mesmo na pista apelidada de ‘tortura’. Neste complexo, situado a poucos quilómetros da sede da Opel em Rüsselsheim, as pistas de testes constituem réplicas dos pisos de estradas mais exigentes que se podem encontrar na Europa e isso inclui desníveis brutos e buracos de fazer corar algumas das piores estradas nacionais.

Os engenheiros da Opel realizam testes neste centro há décadas, ao longo das quais acumularam enorme experiência. Os técnicos repetiram ensaios com múltiplas combinações de molas e amortecedores, obtendo cada vez melhor equilíbrio entre resposta e precisão dinâmica. Foi dada também particular atenção ao conforto acústico no habitáculo.

A direção e a suspensão ganham o tato Opel na pista de ‘handling’ de Dudenhofen, colocando à prova os reforços nas torres de suspensão McPherson, que garantem maior rigidez à parte dianteira do Mokka. Para o fim, a marca guarda aquele que é o mais apetecido teste: o da velocidade de ponta. No anel de velocidade, com as suas faixas progressivamente inclinadas, seguidas de uma longa reta.

Os engenheiros da Opel só dão o selo de aprovação ‘Autobahn’ (autoestrada) quando regressam satisfeitos do anel de alta velocidade. E, garante a marca, o novo Mokka passou no teste com distinção.

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