Esperam-se tempos ‘mexidos’ na SEAT, com mais produtos e novas derivações a surgirem no mercado com cadência avultada. Os dois primeiros modelos a surgirem nas estradas serão o Tarraco, um SUV de grandes dimensões, e o CUPRA Ateca, modelo com que a designação CUPRA se emancipa face à SEAT (apesar de se manterem ligações óbvias). Não menos relevante será o lançamento em 2019 da nova geração do Leon com duas variantes previstas – cinco portas e carrinha ST – e uma derivação híbrida. A marca promete, ainda, a integração de um CUV na gama, algo que irá suceder pela primeira vez. Apesar do ‘forcing’ na eletrificação, a SEAT garante que continuará a apostar nos veículos a gás natural comprimido (GNC) e com motores de combustão.
Este foi o plano de produto anunciado pelo presidente da companhia, Luca de Meo, durante a apresentação anual de resultados aos meios de comunicação, em Madrid, os quais se traduziram em valores positivos: “Podemos estar felizes com os resultados de 2017, mas não devemos estar satisfeitos. Juntos, fechamos um período de consolidação e agora é chegado o momento de enfrentarmos o futuro com a ambição de crescer. O ano de 2017 foi novamente um ano recorde para a SEAT”.
A ofensiva inédita
Luca de Meo anunciou que a “SEAT vai lançar um automóvel novo a cada seis meses até ao ano 2020” e revelou que “2020 será o ano da eletrificação na SEAT com o lançamento de uma versão híbrida Plug-in do Leon, construído na fábrica de Martorell, que terá uma autonomia de pelo menos 50 quilómetros, e do primeiro veículo 100% elétrico da marca, fabricado sobre a plataforma MEB do Grupo Volkswagen”. O primeiro veículo elétrico da SEAT, com as primeiras imagens já mostradas em vídeo, chegará ao mercado com um preço competitivo e contará com uma autonomia de 500 quilómetros e terá sistemas de conectividade e de infoentretenimento avançados e, pelo menos, o nível 2 na capacidade de condução autónoma.
O presidente da SEAT também reafirmou o compromisso da empresa com os veículos de gás natural comprimido (GNC). “Lideramos o projeto de desenvolvimento técnico dos veículos de GNC dentro do Grupo Volkswagen. Com o Arona TGI, que lançaremos este ano, ficaremos com o único SUV em todo o mundo com propulsão a gás natural”.Resultados satisfatórios
Depois de alcançar os melhores resultados da sua história em 2016, o lucro em 2017 depois de impostos chegou aos 281 milhões de euros, mais 21,3% face ao ano anterior (2016: 232), sem contar com o efeito extraordinário da venda da filial VW Finance, S.A. à Volkswagen AG. Por outro lado, o lucro operacional situou-se nos 116 milhões de euros (2016: 143) em consequência de maiores volumes e atividades de investimento com o lançamento de novos produtos com maiores depreciações.
O volume de negócios da SEAT em 2017 alcançou o valor recorde de 9.552 milhões de euros, mais 11,1% em relação ao exercício anterior (2016: 8597). A aceleração das vendas que levou à entrega de 468.400 veículos. Para estes resultados, saliente-se a prestação do Ateca enquanto orientador do crescimento.
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Luca de Meo também apontou a internacionalização da SEAT como outro dos pilares da estratégia. A empresa opera em mais de 80 países, mas apenas 15% das vendas são concretizadas fora da Europa. Neste sentido, as regiões estratégicas de crescimento são o Norte de África, onde a SEAT lidera um projeto do Grupo Volkswagen de montagem de veículos na Argélia, e na América Latina e México, onde a companhia estuda a viabilidade da produção. Além disso, nos últimos meses também se abriram mercados como a Noruega e a Nova Zelândia, o que permite a presença nos cinco continentes. A SEAT também participa na joint venture da Volkswagen Group e JAC, contribuindo com o seu apoio técnico e know-how nas áreas de I+D e design.
A SEAT também criou recentemente a XMOBA, uma nova companhia que terá como principal objetivo identificar, testar, comercializar e investir em projetos que contribuam para impulsionar soluções que melhorem a mobilidade do futuro. XMOBA e CUPRA juntam-se à SEAT Metropolis:Lab Barcelona, o digital-lab inaugurado em 2017 e participado a 100% pela SEAT, e que se integra na rede de IT-Labs do Grupo Volkswagen.
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