Num muito forte de confiança quanto à sua permanência no segmento A, a Toyota revelou o Aygo Cross Prologue, que aponta para a nova geração daquele citadino, com uma filosofia de mini-crossover e imagem irreverente totalmente desenvolvida na Europa para o mercado do Velho Continente. A marca nipónica promete diversão e, agora em esforço isolado, um modelo que se destaca pela diferença.

Ao contrário de algumas marcas rivais que vão deixando o segmento A, cuja rentabilidade é muito complicada, a Toyota reforça o seu empenho no mesmo dando um sinal muito forte do seu compromisso para com o mercado europeu, com o Aygo Cross Prologue a ser imaginado, desenvolvido e nascido no centro de design europeu da Toyota o ED², acrónimo para European Design Development, daí que seja um ‘D’ ao quadrado naquela nomenclatura, com sede em Nice, França.

Com base numa versão mais curta da plataforma do Yaris, modelo de elevadíssima competência em termos de compactação de componentes, o Aygo Cross Prologue revela como será o novo modelo do segmento mais baixo da Toyota, destacando, acima de tudo, a diversão – de condução e de design.

“Pessoalmente, acredito que toda a gente merece um carro ‘cool’. E acreditamos firmemente que neste segmento poderíamos criar um veículo com um design emocional, apaixonante e excitante. Penso que conseguimos”, afirmou Ian Cartabiano, Presidente daquele centro de design europeu, afirmando que “num segmento desvalorizado por outro, vimos oportunidade, acreditámos que era possível trazer um design arrojado, excitante e apaixonado para este segmento”.

“Com o Aygo Cross Prologue, quisemos criar um desenho que tivesse uma imagem divertida, uma atitude atrevida. E descobrimos durante a pandemia que, apesar de muita gente viver em áreas urbanas, há também um desejo de sair. Quisemos realmente criar um veículo que possa ir a todo o lado e fazer tudo”, acrescentou Cartabiano.

Desenho marcante

Para o desenvolvimento deste projeto, o centro de design europeu da Toyota recorreu a um misto de ferramentas, entre o digital e o real, com realidade virtual e impressão 3D, com o resultado final a ser de um mini-SUV de visual irreverente, com formas robustas e maior altura ao solo (logo, uma posição de condução mais elevada).

Um dos atributos mais marcantes deste protótipo, que dá uma ideia muito próxima do que será o novo Aygo Cross de produção, está na carroçaria de duas cores, com o vermelho da carroçaria (com uma fina camada de flocos metálicos azuis), batizado ‘Sparkling Chilli Red‘ (‘Cintilante Malagueta Vermelha’) a conjugar-se com o preto, fazendo este parte do design geral, havendo ainda detalhes como as jantes de grandes dimensões e a assinatura luminosa da dianteira. O tema dominante em termos de geometria é o hexágono, com diversos detalhes no veículo a remeterem para essa forma, como no para-choques dianteiro.

A iluminação traseira também desempenha uma parte da identidade visual do Aygo, sendo até o elemento de design mais semelhante ao atual Aygo em comercialização, com o ‘X’ simulado pelas luzes, além de ter aqui um lado funcional com a pega do portão traseiro escondida pela zona inferior da iluminação.

Noutra nota, apostando numa toada mais aventureira, a Toyota concebeu até um suporte para bicicletas integrado na parte inferior do para-choques traseiro. Noutro detalhe peculiar, os espelhos retrovisores contam com câmaras para os momentos de fuga ao asfalto, servindo como ‘action cameras’. Por fim, um suporte de tejadilho integrado acentua o perfil do compacto da Toyota, além de criar um vínculo visual com os farolins traseiros hexagonais, numa lembrança subtil do DNA do Aygo.

“Com o Aygo Cross Prologue, acredito que demonstramos que um carro pequeno ainda pode ser grande e ousado em personalidade”, refere Ken Billes, Chefe Assistente de Design do centro ED².

Esforço consolidado

Os anteriores Aygo foram produzidos numa parceria com o Grupo PSA, com as marcas Peugeot e Citroën a disporem das suas próprias versões, mas atualmente essa parceria já não será válida para o novo Aygo, já que o Grupo PSA se uniu entretanto à Fiat Chrysler (FCA) para dar origem ao novo gigante automóvel Stellantis.

Assim, terminada a cooperação, a Toyota avançou sozinha para a nova geração do Aygo, comprometendo-se com o segmento A – cuja tendência de descontos e de baixo custo para o cliente tornam-no menos rentável para as marcas – e com a continuidade deste modelo, recorrendo às ferramentas que já dispõe, nomeadamente, a uma versão modificada da plataforma TNGA para os seus automóveis mais compactos (GA-B).

À partida, terá apenas motores a gasolina de baixos consumos e emissões, mantendo o preço contido para os clientes europeus.

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