Provavelmente, uma das maiores dificuldades dos responsáveis da Renault Classic, divisão especializada na manutenção dos modelos clássicos da marca francesa – gerindo museu com mais 700 automóveis e que tem alguns exemplares em falta para completar a sua história (por estarem em mãos de colecionadores particulares ou, por terem, muito simplesmente, desaparecido sem deixar rasto…) – foi escolher os automóveis que estariam neste evento e prontos para serem submetidos de novo às agruras do pequeno circuito de Ferte Gaucher, a cerca de meia centena de quilómetros de Paris.
Nalguns casos, era simples: o Renault RS10 com que Jean-Pierre Jabouille venceu o GP de França de 1979 ou o Renault R5 Maxi Turbo de ralis de 1981, mas também óbvios modelos de estrada, como o 5 GT Turbo, ou o R5 Turbo, uma loucura dos engenheiros gauleses com motor traseiro de 1.4 litros com 160 CV e caixa manual de cinco velocidades. Noutros casos, escolhas menos óbvias, como o 18 Turbo ou o Fuego Turbo, um coupé desportivo mais acessível que se destacou na Europa e também nos Estados Unidos.
Entre os óbvios, claro, estavam os novos Mégane R.S. Trophy e Trophy-R, este último o mais recente recordista de compactos de tração dianteira no Nürburgring Nordschleife (Alemanha) e em Spa-Francorchamps (Bélgica).