O Grupo Volkswagen está a preparar o investimento em força na mobilidade elétrica e anunciou um enorme investimento de milhares de milhões de euros na conversão das suas fábricas na Alemanha para albergarem a produção de veículos elétricos.

No ponto central de investimento está a fábrica de Zwickau, que será convertida numa infraestrutura pensada para produzir alguns dos veículos elétricos que a Volkswagen e outras marcas do grupo estão a preparar para o futuro.

Este investimento representa a visão estratégica da marca no sentido de tornar-se líder da eletromobilidade, um objetivo assumido pela companhia de Wolfsburg enquanto procura demover a Tesla do papel percecionado de impulsionadora da mobilidade sem emissões poluentes.

“Redefinimos os marcos estratégicos para a produção do futuro. Estamos a tornar as nossas fábricas adequadas para o futuro. Entre outras coisas, isto inclui a produção de família de várias marcas para maximizar sinergias e benefícios de custo. É assim que vamos concretizar todo o potencial do Grupo Volkswagen”, referiu Oliver Blume, membro do conselho de administração para a área de Produção do grupo.

Da esquerda para a direita: Stephan Weil, Ministro Presidente do Estado da Baixa Saxónia; Herbert Diess, Presidente do Conselho de Administração da Volkswagen AG; Hans Dieter Pötsch, Presidente do Conselho Supervisão da Volkswagen AG; Bernd Osterloh, Presidente do Grupo de Trabalho e Membro do Concelho de Supervisão da Volkswagen AG.

A fábrica de Zwickau está pensada para produzir 330 mil veículos elétricos por ano, prevendo-se o início da sua operação em modo elétrico em 2019 para os modelo I.D. da Volkswagen e demais veículos dessa família de modelos: um compacto (Neo), Crozz e um I.D. ainda não revelado, juntando-se também dois modelos da Audi e um SEAT.

I.D. com cerca de 550 km de autonomia e preço do Golf Diesel

Este plano surge no seguimento de uma estratégia de aposta e desenvolvimento de veículos elétricos com um plano de lançamento de cerca de 50 modelos puramente elétricos distribuídos pelas diversas marcas do Grupo Volkswagen até ao ano de 2025. Para cumprir com esse esforço, além da fábrica de Zwickau, a marca prevê também juntar mais duas localizações para a produção de elétricos: Emden em 2022 para vários modelos compactos e Hanover em 2023, para os modelos da família I.D. Buzz.

“O Acordo de Paris para o clima com o seu objetivo de longo termo de zero emissões em 2050 é um dos nossos pontos de referência. Para esse efeito, queremos fazer da Volkswagen a número 1 global em mobilidade elétrica. Chegou o momento de tomar mais decisões em termos de tecnologia e de produtos para concretizar esse objetivo: hoje, temos seis veículos elétricos no nosso plano. Em 2025, serão mais de 50”, começou por dizer Herbert Diess, CEO do Grupo Volkswagen, que deixou pistas sobre o novo I.D., que estará no mercado em 2020.

HerbertDiess, presidente e CEO do Grupo Volkswagen AG

“O Volkswagen I.D. irá marcar o início de uma nova era: será o primeiro modelo com base na plataforma modular elétrica (MEB). O I.D. terá uma autonomia de até 550 quilómetros e o seu preço será comparável com o do atual Golf Diesel. Isso torna o carro elétrico numa opção acessível para milhões de pessoas. Queremos lançar o I.D. como um carro 100% neutro em emissões poluentes – isso aplica-se a todo o processo de produção, incluindo no das células de baterias. E, se o consumidor assim o quiser, ao longo de todo o ciclo de vida do veículo, cerca de 200.000 quilómetros”, acrescentou.

Esta movimentação irá implicar a transferência da produção dos Volkswagen Passat, Skoda Superb e Skoda Kodiaq para a fábrica de Kvasiny, na Polónia, a partir de 2023.

Além destas revelações, Diess explicou ainda que a marca vai encetar uma parceria com a Ford para o desenvolvimento de veículos comerciais.

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