Todas as unidades foram salvas graças à ação rápida e decisiva dos funcionários da empresa, do Corpo de Bombeiros de Barcelona e de outras entidades que responderam ao incidente. O contributo dos bombeiros viria mesmo a ser elogiado e reconhecido pela SEAT, que comprou espaço publicitário em jornais para efetuar um agradecimento público.
“O fogo começou no pavilhão ao lado. O alarme funcionou perfeitamente. Começámos a conter o incêndio com as mangueiras instaladas para esta função e os serviços de Segurança e Emergência da SEAT e os Bombeiros de Barcelona chegaram rapidamente”, afirmou Isidre López, responsável pelo museu da SEAT, que elogiu a pronta atuação dos bombeiros locais: “Para mim, eles são heróis. A atitude de todas as equipas foi impressionante”, acrescentou.
E qual foi o critério para salvar os carros da coleção? “Primeiro tirámos os que estavam à entrada do pavilhão para criar um espaço aberto para que os bombeiros pudessem trabalhar assim que chegassem. Depois retirámos os carros de corrida maiores e depois tirámos o Papamóvel, que estava mesmo à frente do foco do incêndio. Não tendo um telhado, uma pessoa pode facilmente empurrá-lo”, recorda.
Isso salvou as 317 unidades históricas da coleção. Desde o Papamóvel, ao primeiro carro de rally oficial de Carlos Sainz, ao penúltimo carro da série 600 e o elétrico Toledo dos Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992, este pavilhão guarda aqueles que são os maiores ícones da história da SEAT desde a sua criação.
Criado em resposta a um pedido de última hora do Vaticano para a visita do Papa João Paulo II a Espanha, em 1982, o Papamóvel tinha de superar uma dificuldade que o veículo oficial apresentava: não cabia na porta do Camp Nou, em Barcelona, e do Santiago Bernabéu, em Madrid, os estádios onde se iam realizar os principais atos da viagem papal. Em tempo recorde, adaptaram um Panda e transformaram-no num verdadeiro Papamóvel, que hoje repousa em estado perfeito no Museu da SEAT.
Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.