Como mais de 300 históricos da SEAT foram salvos da destruição

03/03/2019

Uma grande parte do espólio histórico da SEAT esteve em risco de desaparecer depois de um incêndio que deflagrou no Museu da marca, no armazém A122, na Zona Franca de Barcelona, a 11 de fevereiro. A rápida ação das equipas de emergência acabou por ser fundamental para salvar as mais de 300 viaturas históricas da marca de um final trágico.

Todas as unidades foram salvas graças à ação rápida e decisiva dos funcionários da empresa, do Corpo de Bombeiros de Barcelona e de outras entidades que responderam ao incidente. O contributo dos bombeiros viria mesmo a ser elogiado e reconhecido pela SEAT, que comprou espaço publicitário em jornais para efetuar um agradecimento público.

“O fogo começou no pavilhão ao lado. O alarme funcionou perfeitamente. Começámos a conter o incêndio com as mangueiras instaladas para esta função e os serviços de Segurança e Emergência da SEAT e os Bombeiros de Barcelona chegaram rapidamente”, afirmou Isidre López, responsável pelo museu da SEAT, que elogiu a pronta atuação dos bombeiros locais: “Para mim, eles são heróis. A atitude de todas as equipas foi impressionante”, acrescentou.

E qual foi o critério para salvar os carros da coleção? “Primeiro tirámos os que estavam à entrada do pavilhão para criar um espaço aberto para que os bombeiros pudessem trabalhar assim que chegassem. Depois retirámos os carros de corrida maiores e depois tirámos o Papamóvel, que estava mesmo à frente do foco do incêndio. Não tendo um telhado, uma pessoa pode facilmente empurrá-lo”, recorda.

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Isso salvou as 317 unidades históricas da coleção. Desde o Papamóvel, ao primeiro carro de rally oficial de Carlos Sainz, ao penúltimo carro da série 600 e o elétrico Toledo dos Jogos Olímpicos de Barcelona de 1992, este pavilhão guarda aqueles que são os maiores ícones da história da SEAT desde a sua criação.

Criado em resposta a um pedido de última hora do Vaticano para a visita do Papa João Paulo II a Espanha, em 1982, o Papamóvel tinha de superar uma dificuldade que o veículo oficial apresentava: não cabia na porta do Camp Nou, em Barcelona, e do Santiago Bernabéu, em Madrid, os estádios onde se iam realizar os principais atos da viagem papal. Em tempo recorde, adaptaram um Panda e transformaram-no num verdadeiro Papamóvel, que hoje repousa em estado perfeito no Museu da SEAT.

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