Os super-iates já são alvo de cobiça pela qualidade de luxo que podem oferecer aos seus proprietários e convidados enquanto navegam pelos sete mares. Mas o designer Andy Waugh acha que esta embarcação não vali longe o suficiente, e propõe a criação de um mega-iate. Mas se um super-iate já é quase um atentado ambiental pela quantidade de combustível que consome, que dizer de um mega-iate? Mas Andy Waugh não vê isso como um problema, e a sua criação, o Acionna, deverá ser movido a hidrogénio, cujo consumo apenas produz água.
Chamar mega-iate ao Acionna é pouco, pois as suas dimensões quase que o transformam num condomínio privado que navega no oceano. Se fosse construída, esta embarcação teria nada menos que 175 metros de comprimento, com espaço suficiente para montar oito conveses separados, um campo de raquetebol, um hangar para helicóptero e uma piscina coberta de 20 metros. O salão principal tem dois pisos e um vidro panorâmico para observar a piscina externa, que rodeia um conjunto de “ilhas” para os convidados descansarem em sossego. Mas apesar de todo este luxo, a área de lazer ocupa menos espaço que a parte técnica.
Para consumir hidrogénio como combustível, uma embarcação necessita de um volume maior que num motor convencional e depósitos de fuel. As células de combustível e as medidas de segurança adicionais para proteger os depósitos de hidrogénio ocupam espaço adicional. Andy Waugh escolheu o hidrogénio para o Acionna porque é a única forma que encontrou de ter zero impacto ambiental e percorrer as distâncias de navegação que são habituais em alto mar e que são incompatíveis com motores elétricos e a autonomia limitada das baterias para mover um navio deste tamanho. Waugh acredita que, se um construtor naval começar a produzir navios de luxo movidos a hidrogénio, vai acelerar o desenvolvimento e a aplicação desta tecnologia em uso marinho, para reduzir o custo de produção do hidrogénio.
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