O Zero-V é um projeto para a criação do primeiro navio a hidrogénio usado para exploração científica. Para criar este navio, o laboratório Sandia, que já tem experiência com embarcações motorizadas por células de combustível, vai trabalhar em conjunto com o Instituto de Oceanografia da Universidade de San Diego, a construtora naval Glosten e a firma de controlo de qualidade DNV para assegurar que o investimento público feito neste projeto vai funcionar sem problemas.
A vantagem de usar o hidrogénio é que não vai ter qualquer poluição, escapando-se para a atmosfera em caso de uma rutura de tanque, sem causar efeitos adversos para o meio ambiente. O resultado final da queima de hidrogénio é água, que pode ser usada para consumo da tripulação ou, no caso do navio Zero-V, para experiências científicas, acabando com o excesso de consumo de energia causada pela dessalinização. Ao mesmo tempo, o navio poderá acelerar mais depressa, tirando proveito do design trimarã, que a Glosten achou necessário para poder acomodar o hidrogénio, 18 cientistas, 11 membros da tripulação e três laboratórios.
O Zero-V vai tirar proveito da experiência da Sandia com o SF-Breeze, um ferry boat usado na baía de San Francisco que fazia quatro viagens diárias, num total de 200 milhas (370 km), transportando 150 passageiros a uma velocidade máxima de 35 nós (65 km/h). Mas enquanto este necessitava de ser reabastecido a cada duas viagens, o Zero-V vai necessitar de ficar até 15 dias, pelo que foi pensado para ser reabastecido diretamente de um camião de transporte de combustível, não necessitando de infra-estrutura portuária.