As imagens arrepiam e estão a reacender a discussão em torno de uma das situações mais perigosas que um condutor pode enfrentar em autoestrada.
De acordo com os dados da ANSR, entre 2014 a 2018, foram registadas mais de cinco mil situações de condução em contramão. E destas resultaram 25 vítimas mortais e 61 feridos graves. Significa que, não sendo uma das infrações mais recorrentes nas estradas nacionais, or resultados são imprevisíveis, muitas vezes gravíssimos.
‘Kamikaze’ ou distraído?
Segundo as autoridades, o condutor que circula em contramão pode fazê-lo sem intenção, por simples distração, sobre o efeito de álcool ou drogas ou em situação típica de desnorte, mais comum em volantes seniores. Uma minoria comete este tipo de infração de forma premeditada, valendo-lhes o rótulo de ‘kamikazes’, o nome dado a um tipo de pilotos de aviões japoneses que durante a Segunda Guerra Mundial realizaram ataques suicidas contra as forças aliadas.E a questão é: como se trava um kamikaze contramão?
Os especialistas lembram que, em qualquer situação de perigo na estrada, tentar manter a calma é fundamental, evitando manobras precipitadas ou movimentos mais bruscos no volante que podem desequilibrar o veículo. Travar a fundo em plena autoestrada também é extremamente perigoso, tendo em conta a velocidade a que outros carros circulam imediatamente atrás. E utilizar os máximos para a viatura que se aproxima em contramão pode não surtir o efeito desejado, na medida em que poderá encandear que segue ao volante sem sentido contrário. Se identificar um carro em direção contrária ou for informado desse perigo, acione as luzes de emergência e ligue os médios.
Assim que possível alerte as autoridades. Caso o alerta já tenha sido dado, conduza o mais à direita possível, mas mantendo a distância de segurança para os outros condutores. Se necessário, utilize a via de emergência até conseguir parar em segurança, sinalizando a viatura imobilizada.
