A pandemia de Covid-19 mudou profundamente o mundo e a forma como as pessoas vivem o seu dia-a-dia, confinando nos seus domicilios milhões de pessoas um pouco por toda a Europa. Entre os diversos problemas está o aumento da pressão psicológica que os membros do agregado familiar sentem, o que leva muita gente a procurar escapes para fugir à pressão das preocupações diárias.

De acordo com um estudo da Skoda no Reino Unido, um dos países europeus a entrar em isolamento mais tardiamente, até 1.2 milhões de proprietários de veículos parados na rua admitem estar a usá-los não para conduzir, mas para terem momentos de paz e isolamento durante esta fase.

O inquérito concentra as respostas de 2000 condutores, sendo depois extrapolados os resultados para a população geral. Com 39% dos britânicos em regime de teletrabalho (aproximadamente 15 milhões de pessoas), os seus automóveis estão a ser usados para outros fins que não o da deslocação para o emprego – 8%, ou seja, potencialmente, até 1.2 milhões de condutores estão a utilizar os seus veículos para se isolarem da família e aproveitarem um momento de isolamento. Outros 7% usam os seus veículos para ouvir música ou um podcast e há ainda quem aproveite para dormir uma sesta (3%).

Por outro lado, a investigação da Skoda descobriu ainda que 13% dos condutores estão a considerar utilizar o seu carro como escritório provisório, sobretudo para aqueles que se queixam de dificuldades com as suas cadeiras em casa (32%) ou de concentração no seu domicílio.

Por outro lado, como sonhar não é proibido, 13% dos condutores admitem sentar-se ao volante imaginando a viagem a fazer após a quarentena.

Embora seja um estudo efetuado no Reino Unido, é de crer que esta é uma tendência que se pode encontrar noutros países que obrigaram a medidas de confinamento muito duras para conter o surto de Covid-19.