18% das mortes por doença cardíaca devem-se a problemas ambientais

25/06/2023

Cerca de 18% das mortes por doenças cardíacas na Europa são atribuíveis a problemas ambientais, como poluição e temperaturas extremas. Portugal também está no mapa.

 

Um novo relatório divulgado pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) revela que cerca de 18% das mortes por doenças cardíacas na Europa são atribuíveis a problemas ambientais, como poluição e temperaturas extremas.

De acordo com a análise realizada pela AEA, estudos recentes indicam que pelo menos 18% de todas as mortes por doenças cardiovasculares na Europa, incluindo os países membros da AEA e os Estados cooperantes, são causadas por fatores ambientais fundamentais. Esses fatores incluem exposição à poluição atmosférica, temperaturas extremas, fumo passivo e chumbo.

Os países membros da AEA incluem os 27 Estados-membros da União Europeia, bem como a Islândia, o Liechtenstein, a Noruega, a Suécia e a Turquia. A Albânia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo, Macedónia do Norte, Montenegro e Sérvia são considerados estados cooperantes.

No caso de Portugal, a percentagem de mortes prematuras relacionadas com razões cardíacas está no escalão 14.9%-<17.3% (ver mapa em cima).

No entanto, a agência ressalva que o valor de 18% provavelmente é subestimado, uma vez que não leva em consideração a exposição ambiental no local de trabalho, a poluição sonora ou outros produtos químicos tóxicos além do chumbo. Além disso, existem fatores ainda pouco conhecidos, como a poluição luminosa noturna e o efeito combinado da exposição a diferentes produtos químicos.

Fonte: AEA/Adaptado de Fawzy and Lip, 2021; Hadley et al., 2022; Alves-Silva et al., 2021

Apenas na União Europeia, mais de seis milhões de novos casos de doenças cardiovasculares são diagnosticados anualmente, com mais de 1,7 milhão de mortes relacionadas com doenças do sistema circulatório. Outro dado: essas condições têm maior impacto nas regiões central e oriental da Europa em comparação com as regiões sul e ocidental.