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Fiat “absorve” Tesla para evitar multas

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A Tesla vai integrar a Fiat Chrysler Automobiles na Europa. Mas não se trata de nenhuma aquisição corporativa, pois a marca de Elon Musk apenas fez um acordo com a Fiat para que a marca americana seja contada como parte das emissões de frota do construtor italiano. Desta forma a FCA e as suas marcas (Fiat, Abarth, Alfa Romeo e Jeep) vão evitar multas da União Europeia por excederem o limite de emissões estabelecido por lei para entrar em vigor em 2021, que vai ser de 95 gramas de dióxido de carbono por quilómetro.

A FCA é dos construtores que está mais atrasado na introdução de automóveis eletrificados. O ano passado, anunciou um investimento de nove mil milhões de euros nesta área, faseado durante quatro anos, e este ano já apresentou o seu primeiro produto do género, versões com motor híbrido plug-in do Jeep Renegade e do Compass, que vão chegar ao mercado até ao final do ano. Mas isto não será o suficiente, pelo que a Fiat chegou a acordo com a Tesla para que esta seja contada como parte da sua gama. Este tipo de acordos estão previstos pela lei, e a própria Tesla tinha proposto a qualquer construtor interessado entrar nesta parceria.

Como construtor exclusivo de carros elétricos, a Tesla tem emissões zero em toda a gama, e a popularidade de marca americana na Europa ajudaria a cumprir outro critério, do número de carros vendidos com emissões zero ter que representar 30 por cento das vendas. Não foi divulgado quanto dinheiro a Fiat vai pagar à Tesla por este acordo, falando-se em várias centenas de milhões de euros. Esta injeção de capital é bem-vinda nos cofres da empresa de Elon Musk, depois de um quebra de vendas no primeiro trimestre (muitos países eliminaram créditos à aquisição de carros elétricos, ou impuseram limites ao valor de aquisição), enquanto a Fiat vai acabar por poupar dinheiro. A multa de 95 euros por cada grama acima do limite parece baixa, mas como afeta cada carro vendido, se uma determinada marca vendesse um milhão de automóveis por toda a Europa nessas condições, corresponderia a 95 milhões de euros a pagar à União Europeia.