om passagens pela Tyrrell, Benetton e Sauber, foi na Ferrari que Jean Alesi ganhou toda a sua popularidade e que conheceu o ‘sabor’ da vitória na Fórmula 1, em 1995. Ainda hoje, o seu elo de ligação à equipa de Maranello é bastante forte, mas para ajudar o seu filho, Giuliano, a progredir na sua carreira enquanto piloto, Jean teve de vender o F40 que lhe tinha sido dado em 1990.

A história do F40 é rápida de contar. O superdesportivo italiano fez parte do contrato assinado com a Ferrari em 1990, quando ainda era piloto da Tyrrell, sendo um bónus concedido pela marca italiana. Desde essa data que o F40 se manteve na coleção do piloto francês, embora em 2020 tenha sido vendido para ajudar a financiar a carreira de Giuliano Alesi, que volta a figurar na Fórmula 2 este ano, agora ao serviço da HWA.

Atendendo aos custos elevados que atualmente são pedidos aos pilotos para progredirem nas suas carreiras – sobretudo, à medida que sobem de categoria -, Jean Alesi mostrou-se bastante crítico que nada tenha sido feito neste momento difícil para travar os valores pedidos.

“Falamos de teto orçamental, mas nada foi feito para a Fórmula 2, não mudaram o custo da inscrição… Assim, estou certo de que muitos pilotos não vão terminar a temporada e de que será uma temporada desastrosa para os pilotos de Fórmula 2 e de Fórmula 3”, revelou à Sky Sports F1, apelando ainda a que algo seja ainda alterado nesse sentido para salvaguardar a vida e carreira dos jovens.

“Fico muito, muito triste por isso porque sou um ex-piloto de Fórmula 1, tenho ligações, mas tive de vender o meu Ferrari F40 para ter um orçamento para o meu filho correr na Fórmula 2. E porquê? Porque é quase uma missão impossível encontrar patrocinadores”, acrescentou.

“Na família, fazemos as coisas com paixão e entre ter um Ferrari F40 na garagem ou ver o meu filho a competir não existe comparação. Prefiro tê-lo a competir e o F40… Já sou demasiado velho para conduzi-lo”, terminou o ex-piloto que apenas venceu o GP do Canadá de 1995.