“Resiliência”. É desta forma que a AFIA (Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel) descreve os dados da exportação de componentes para automóveis.
“A indústria de componentes para automóveis vem, uma vez mais, demonstrar a sua capacidade de resiliência através da extraordinária recuperação da forte queda que registou no primeiro semestre de 2020”, diz o comunicado.
Segundo a AFIA, no mês de dezembro do ano transato as exportações cresceram 7,3% relativamente ao período homólogo de 2019, o que traduziu, pelo sexto mês consecutivo, um aumento. Aliás, este foi mesmo o melhor mês de dezembro de sempre, com as exportações a aumentarem para 677 milhões de euros.
No total do ano de 2020, porém, as exportações de componentes para automóveis ficaram-se pelos 8,6 mil milhões de euros, provando que, apesar da forte subida de 5,3% registada no segundo semestre em relação a 2019, não compensou a queda acentuada do primeiro semestre, altura em que as vendas tiveram uma derrapagem de 25,7%.
Desta forma, as exportações, no total de 2020, desceram 10,8% em relação ao ano de 2019, sendo que, em termos absolutos, as vendas ao exterior diminuíram mil milhões de euros, em 2020, quando comparados com 2019.Confirma-se, desta forma, que as exportações de componentes para automóveis, apesar da crise, resistem melhor face à queda da produção automóvel na Europa.
“Facto que demonstra, sem dúvida, a competitividade e capacidade de resiliência da indústria portuguesa de componentes para automóveis”, sublinha a AFIA.