O dia 24 de setembro fica marcado na história da Honda como o da sua constituição enquanto empresa. Saída dos ‘escombros’ da Segunda Guerra Mundial, época bastante conturbada para o país devido aos constrangimentos da derrota no conflito mundial, a Honda tornou-se empresa naquele mesmo dia de 1948, com o objetivo de criar soluções de mobilidade que ajudassem as pessoas no seu dia-a-dia.

Apesar das dificuldades e dos constrangimentos – a comida, por exemplo, era ainda racionada –, Soichiro Honda e Takeo Fujisawa aproveitavam a época para colocar em prática os seus sonhos, almejando ao sucesso e ao reconhecimento mundial.

A Honda Motor Co., Ltd. foi estabelecida em Itaya-Cho, Hamamatsu, com um capital de um milhão de ienes e o seu primeiro sucesso veio na forma de uma bicicleta equipada com um motor auxiliar que era, nada mais, nada menos, do que um gerador para antigos transmissores militares de rádio, que se amontoavam, sem uso, no armazém na sequência das sanções impostas pela derrota na guerra. Com o presidente Soichiro, a totalidade dos empregados ficava pelos 34, um número curto pelos dias de hoje.

Honda e Fujisawa tinham como sonho a conversão da marca numa companhia de índole global nas duas rodas (os automóveis viriam depois…) e, aos poucos, foram superando etapas: a venda da Super Cub C100 em agosto de 1958, a participação na lendária corrida da Ilha de Man em junho de 1959 e a abertura da fábrica de Suzuka em abril do ano seguinte. Foi assim que se tornou na maior construtora de motos no mundo.

E como é que nasceu a paixão pelos automóveis? Naquela era, tal como sucedeu com muitos outros sonhadores, observando os exemplos de outras paragens. No caso latente, o Ford Model T, criado por Henry Ford nos Estados Unidos da América (EUA), grande responsável pela rapidez e eficiência na produção de automóveis graças à criação da linha de montagem.

“Quando era miúdo, corri atrás de um Ford Model T e levei o nariz até ao óleo que foi espirrado para o chão. Cheirei-o e fiquei maravilhado com o cheiro. Essa experiência levou-me à produção de automóveis hoje”, disse Soichiro Honda no momento em que foi agraciado com um lugar no Hall da Fama Automóvel da América em outubro de 1989, pouco tempo antes de falecer (5 de agosto de 1991). Ele que era igualmente um acérrimo adepto de desporto automóvel e da capacidade de Ayrton Senna, piloto com quem mantinha uma ótima relação e que apreciava pela garra em pista.

Esses tempos já vão longe, mas a companhia nipónica aproveitou o dia para recordar esse marco histórico com um vídeo em que evoca alguns dos seus momentos de maior relevo, tudo em estilo de origami, a composição de formas e figuras utilizando apenas papel. Uma história que viu uma diversificação impressionante, indo das motos aos automóveis, passando pelos produtos de força, náuticos, aeronáuticos e robótica.

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