Em condições normais, a circular numa estrada, o Panther parece um Jeep tradicional personalizado, mas logo no exterior dá para ver as modificações ao design que servem para isolar o condutor e passageiros da água. O casco e a carroçaria são leves, construídos em fibra de vidro, à qual se acrescenta uma camada de esferovite (0,9 metros cúbicos) a servir como isolante e como flutuador, caso aconteça um incidente.
Para fazer este veículo andar tanto em terra como na água, um motor fora-de-borda não ia funcionar. Assim, a Watercar optou por colocar no seu anfíbio um motor Honda V6 com 3,7 litros e 250 cv de potência, com força suficiente em baixa rotação. Para andar na água, recorre a uma caixa de transferência, que muda a saída de escape para um jato, podendo assim acelerar mais depressa dentro de água. Um sistema hidráulico garante a passagem rápida do sistema de uso terrestre para aquático. Consegue ultrapassar os 110 km/h em terra e atingir os 70 no mar.
O interior pode ser personalizado ao gosto do cliente, mas mais importante que fortalecer o equipamento foi a necessidade de garantir proteção contra os efeitos nocivos da água salgada. Partes metálicas usam aço inoxidável, enquanto a maioria dos revestimentos são de resina. Os estofos dos bancos dianteiros e traseiros também estão protegidos. O Panther é vendido nos Estados Unidos por um valor a partir dos 139 mil dólares (119 mil euros).
Na sua configuração normal, o Panther já é um dos automóveis anfíbios mais rápidos do mundo. Mas a Watercar resolveu criar uma versão especial para garantir o título de carro anfíbio mais rápido do mundo. Trocando o motor Honda pelo potente V8 de um Corvette, a Watercar criou o Python, que foi medido a 96 km/h sobre o mar, em 2010, pelo Livro de Recordes do Guinness.
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