Mazda luta por motores de combustão ainda mais ‘limpos’

09/08/2018

Enquanto a indústria automóvel vai avançando no caminho da eletrificação, o motor de combustão interna terá de dar um contributo importante ao fazer uma ponte para uma mobilidade sem emissões. Essa é também a visão da Mazda, que vê ainda um futuro viável para os tradicionais motores térmicos.

Neste sentido, a marca de Hiroxima anunciou uma aliança com o Instituto Nacional Japonês de Tecnologia e Ciência Industrial Avançada (AIST) e com a petrolífera saudita Saudi Aramco com vista ao trabalho conjunto para a redução das emissões associadas a este tipo de motorizações.

O esforço conjunto prevê o incremento da eficiência nos motores térmicos, cabendo à Saudi Aramco o esforço de desenvolvimento de um combustível através de um processo de refinaria que tem como resultado emissões poluentes mais baixas, enquanto a Mazda e a AIST vão pesquisar e desenvolver um motor de elevada eficiência que utilizará esse combustível.

Na globalidade, o propósito é ter uma menor quantidade de emissões poluentes desde o processo de extração do petróleo à etapa final, que é a condução e as respetivas emissões provenientes do tubo de escape. Em inglês, a denominação desse processo é “well-to-wheels’, algo como do poço até às rodas, num aumento de eficiência geral.

Recorde-se que a Mazda tem em curso um longo projeto de desenvolvimento de novas tecnologias no que diz respeito a motores de combustão interna, nomeadamente com os seus motores de ignição por compressão (HCCI), denominado Skyactiv-X, que aplica num bloco a gasolina o princípio de ignição por compressão como num motor Diesel.

A companhia nipónica acredita que os seus esforços poderão ajudar a reduzir significativamente o nível de emissões poluentes associados aos motores de combustão interna. Ao mesmo tempo, tem igualmente em vigor uma parceria com a Toyota que visa, até certo ponto, a partilha de tecnologias e informações relativas à hibridação, algo em que a Mazda não tem grande historial, mas que a Toyota domina desde há mais de duas décadas.

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