Este foi o terceiro de apenas 36 unidades do GTO produzidas, modelo que é considerado pelos entusiastas da marca como um dos mais autênticos e originais de todos os GTO existentes. Além disso, o seu valor foi ainda reforçado pelo facto de ter sido um dos quatro exemplares melhorados na sua época pela carroçadora Scaglietti.
Um dos proprietários deste Ferrari emblemático foi Corrado Ferlaino, um multifacetado homem de negócios e engenheiro que conseguiu ainda ser presidente do clube de futebol Nápoles. Em dezembro de 1963, adquiriu o chassis 3413, construído em 1962, mas com um historial de sucesso nas rampas com uma carroçaria de Série 1. Em janeiro, três meses antes da sua corrida inaugural no Targa Florio, o carro foi enviado para o carroçador oficial, a Scaglietti, em Modena, para ser evoluído para a Série 2, sem spoiler traseiro e com muitas outras alterações.
O trabalho da Scaglietti aplicado ao desenho original de Pinifarina permitiu que a carroçaria ficasse mais aerodinâmica (mais baixa, mais larga e mais curta), graças ainda a um para-brisas mais inclinado, a vias e pneus mais largos e ao motor com posicionamento mais baixo, noutra medida para redução do centro de gravidade e a agilidade nas estradas da Sicília.
O sucesso desta evolução foi tão positivo que outros três modelos foram melhorados para a Série 2, dois dos quais contavam com uma linha de tejadilho mais alongada, ao estilo do 250 LM.
No seu historial, além do triunfo no Campeonato Italiano de GT em 1962 (por Edoardo Lualdi-Gabardi), este carro foi também deteminante para a conquista do Campeonato Internacional de GT, com a sua vitória à classe no Targa Florio de 1964 (embora tenha ganho, como Série 1, em 1963 com Gianni Bulgari e Maurizio Grana).A sua veracidade é atestada por especialistas no historial da marca e pela divisão Ferrari Classiche que se dedica ao restauro e certificação de modelos da casa de Maranello.
Agora, chega a vez deste 250 GTO com o chassis 3413 conhecer novos proprietários. Para um valor que se prevê recorde, a RM Sotheby’s recorda que, neste caso, a unidade a leiloar acrescenta à exclusividade do modelo uma aura de conservação intocável e enorme qualidade. Daí que o valor de licitação esperado se situe entre os 45 e os 60 milhões de dólares.
Fotos de: Patrick Ernzen/RM Sotheby’s (com exceção da histórica que é da The Klemantaski Collection via RM Sotheby’s)
Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.
