M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Cada vez mais surgem novas propostas para transportes pessoais equipados com motores elétricos, que permitem aos transeuntes moverem-se mais depressa sem poluição. Além de scooters e bicicletas, também as trotinetes estão na moda, transformando o que antigamente era um brinquedo de criança numa maneira fácil de uma pessoa deslocar-se com mais rapidez. Mas estes “brinquedos” têm sido a causa de acidentes que levaram várias vítimas a colocar em tribunal os construtores, exigindo mais responsabilidade pelo seu uso.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Estes veículos são fáceis de utilizar e podem ser utilizados nas faixas para ciclistas. Como não são muito velozes, geralmente não ultrapassando os 20 km/h de velocidade máxima, também podem ser usados em passeios, onde podem conviver com peões. Mas estes deslocam-se de forma muito mais lenta, já que a passada humana é, normalmente, de 6 a 6,5 km/h. E esta diferença de velocidade já se manifestou em acidentes, especialmente na Califórnia, onde as condições climatéricas e arquitetónicas incentivam ao uso de veículos pessoais elétricos em vez de automóveis.

Por isso, um grupo de vítimas de acidentes juntou-se para um processo judicial conjunto à Lime e à Bird, operadoras de serviços de sharing de trotinetes elétricas (em inglês, conhecidas como e-scooters, embora não tenham nada em comum com motociclos), e à Xiaomi e Segway, construtoras deste tipo de veículos. A advogada representante das vítimas, Catherline Lerer, afirmou que foi contactada por mais de cem pessoas, que sofreram danos físicos, incluindo fraturas e distensões musculares, depois de serem atropeladas por uma pessoa ao comando de uma destas trotinetes.

Como não são consideradas veículos a motor, estas trotinetes não necessitam de qualquer licença de condução, tal como as bicicletas. Por isso, a Lime e a Bird colocaram nos respetivos sites instruções de segurança sobre como utilizar os seus veículos, incentivando ao uso do capacete, a utilizar primariamente a faixa para ciclistas e a usar as mãos para indicar mudanças de direção. Estas também são vendidas para uso pessoal por vários construtores, pelo que também estão nas mãos de utilizadores privados. Mas as vítimas de acidentes argumentam que estes veículos elétricos foram colocados aos milhares em determinadas zonas, muitas vezes sem qualquer tipo de autorização das autoridades, perturbando o funcionamento normal do tráfego que existia anteriormente.

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