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Turbos para quê?!

Conduzir um atmosférico «tem algo de terapêutico», defendeu Andreas Preuninger, responsável pela gama GT da Porsche, no lançamento do 718 Cayman GT4, com novo seis cilindros de 420 cv, sem turbo…
Aston Martin Vanquish S: O desportivo britânico tem sob o capot a versão mais potente do motor V12 atmosférico de 5935 cc da marca, que debita 576 cv na versão base Vanquish e 605 cv no Vanquish S. Impressionado? Espere até à chegada do Valkyrie, este sim com o motor V12 atmosférico mais potente de sempre, ainda que integrado em motorização híbrida que agrega o motor a gasolina de origem Cosworth e uma unidade elétrica, produzida da Rimac, com uma potência combinada de 1160 cv.
Ford Mustang GT Na gama da marca da oval azul encontramos um dos mais agradáveis V8 atmosféricos. Com 5038 cc de capacidade, o motor com que a Ford equipa o Mustang GT ‘rende’ 450 cv às 7000 rpm e 530 Nm às 4600 rpm, o suficiente para acelerar o ‘muscle car’ americano de 0 a 100 km/h em menos de 5 segundos.
Ferrari 812 Superfast O SF90 Stradale é agora o Ferrari de produção em série mais potente de sempre, com redondos 1000 cv, extraídos de uma motorização híbrida que combina V8 biturbo a gasolina e três motores elétricos. Antes, o título pertenceu ao 812 Superfast, que comemorava o 70.º aniversário da marca do Cavallino Rampante, com o melhor que a tecnologia da alimentação atmosférica tinha para oferecer: motor dianteiro longitudinal V12, com 6.5 litros, a debitar 800 cv às 8500 rpm. Sem turbos, tudo ao ‘natural’…!
Lamborghini Aventador SVJ Na Lamborghini, o Aventador é o maior embaixador da ‘causa’, com enormíssimo V12 atmosférico de 6,5 litros de capacidade, disponível em três patamares de potência: 740 cv (Aventador S), 750 cv (no Aventador SV) e 770 cv (no SVJ). O topo de gama, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,8 s.
Porsche 911 GT3 RS O Porsche 911 GT3 RS é máquina à medida dos mais puristas, desenvolvido e afinado a pensar na obtenção do melhor desempenho em pista possível, e com incrível motor 4.0 de 6 cilindros opostos, que debita 520 cv às 8250 rpm, com redline já muito perto das 9000 rpm! Som o com contagiante do ‘boxer’ impressiona mais do que as performances: 318 km/h de velocidade de ponta; aceleração 0-100 km/h em 3,4 s.

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Na elite dos superdesportivos, a aposta recai cada vez mais sobre as mecânicas sobrealimentadas ou em sofisticados agregados híbridos. Mas há melhor do que o ronco natural de um ‘atmosférico’?

Desportivos e supercarros muito rápidos, com motores naturalmente aspirados, estão, de facto, a perder espaço para os congéneres que recorrem aos préstimos de turbos, compressores e outras fórmulas para aumentar o desempenho.

Mas não estão em vias de extinção!

Na Porsche, por exemplo, acredita-se que conduzir um ‘atmosférico’ tem qualquer coisa de terapêutico. E que a tecnologia é para manter.

«O que as outras marcas estão a fazer é um erro (…) todos os amantes de automóveis anseiam por um automóvel atmosférico, rotativo e de caixa manual. Não é um meio de transporte que o leva do ponto A para o ponto B. É algo que o cliente faz por ele mesmo, é algo que se compra por prazer. É um automóvel saudável, como um remédio, toda a gente sorri e isso é saudável.», afirmou Andreas Preuninger, responsável pela gama GT da Porsche, por ocasião do lançamento do Cayman GT4.

«A Porsche oferece carros para pessoas que se querem sentir especiais, que querem tanta emoção quanto possível, e a melhor resposta possível de um desportivo. Achamos que isso é concretizado de melhor forma num motor atmosférico a altas rotações do que com qualquer tipo de turbo.», acrescentou.

Felizmente, os alemães não estão sozinhos.

Na galeria, os atmosféricos mais excitantes da atualidade.