M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Existem várias expressões populares relacionadas com invenções e tecnologia. Uma expressão apropriada para esta situação parece ser “não vale a pena estar a reinventar a roda”, mas foi exatamente essa a ideia de um grupo de inventores, que criaram a Walking Bike, ou “Bicicleta Ambulante”, para poder fazer com pernas aquilo que já faz normalmente, e de forma mais eficiente, com rodas.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A ideia partiu da imaginação de JP Berti, um artista plástico conceptual, originário da Califórnia, que resolveu inspirar-se nas esculturas mecânicas vivas do artista holandês Theo Jansen, começando a trabalhar nisso no final de 2014. As obras de Janssen, chamadas Strandbeesten (“monstros da página”) têm várias peças de metal, e foi com base no design destas que JP criou o design inicial e imprimiu um modelo a três dimensões.

Quando os seus amigos viram o modelo para as ideias de JP, também quiseram participar, responsabilizando-se pela conceção das peças e pelos detalhes técnicos. Em oito meses, o grupo de artistas passou três horas por noite, três dias por semana a redesenhar, reinventar, cortar e montar as mais de 400 peças necessárias. O resultado foi esta bicicleta, perfeitamente funcional, com um conjunto de pernas no sítio da roda traseira. Não é tão complicado como uma máquina de Rude Goldberg, mas também tem um número exagerado de peças a ter que trabalhar para criar movimento.

Em 2015, a bicicleta Walking Bike ficou pronta e foi apresentada ao mundo num desfile de arte e tecnologia. O sucesso foi tal que várias pessoas perguntaram a JP quanto custava a bicicleta, mas para isso era necessário criar um processo de fabrico, para baixar o custo de produção. JP Berti preferiu dedicar-se a outros projetos, e desde então até criou uma moto elétrica.

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