Sendo um dos elementos mais vulneráveis da via públicas, as crianças estão no centro da nova campanha ‘Vida na Estrada’ da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), procurando incutir aos mais jovens as regras e comportamentos seguros no trânsito nas suas três valências – enquanto peão, ciclista e passageiro de veículos.

“Vida na Estrada” é um portal de jogos de prevenção rodoviária para alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, com a PRP a recorrer a uma estratégia de aprendizagem por intermédio de jogos. Ou seja, transporta a linguagem dos jogos para a educação, visando promover a aquisição de conhecimentos e capacidades, bem como a adoção de comportamentos e atitudes seguras no trânsito, enquanto passageiro, peão e ciclista.

Estas atividades foram concebidas e produzidas pela PRP, com a recomendação da Direção-Geral da Educação do Ministério da Educação e Ciência, e compõem-se de 81 atividades distribuídas pelos quatro anos de escolaridade do 1.º CEB, abrangendo crianças dos seis aos dez anos de idade.

O secretário de Estado da Educação, João Costa, e o presidente da PRP, José Miguel Trigoso

A aplicação “Vida na Estrada” em plataforma online foi apresentada em cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Educação, João Costa, e do Diretor-geral da Educação, José Vítor Pedroso, entre outras entidades. Também presente esteve José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, que considerou que as “atitudes e os comportamentos adquiridos enquanto criança são determinantes na forma de nos comportarmos ao longo da nossa vida. Na estrada, constituem muitas vezes a diferença entre a vida e a morte – a nossa e a dos outros com quem partilhamos o espaço rodoviário. É por isso que a PRP considera, desde sempre, que a educação rodoviária é um instrumento decisivo na luta permanente contra a insegurança rodoviária”.

Entre os mais vulneráveis

Entre 2010 e 2016, morreram nas estradas portugueses 91 crianças com idade até aos 14 anos. Comparativamente com a União Europeia (UE), este grupo etário tem menos peso no total de vítimas mortais em Portugal, tendo em 2016 representado 1,2% do total de vítimas mortais, contra 2,5% na UE.

Em Portugal, neste grupo etário, há uma maior percentagem vítimas mortais por atropelamento (37% contra 30% na UE) e pelo contrário, há uma menor percentagem, quer naqueles que circulavam em automóveis ligeiros (39% contra 48% na UE), quer nos que viajavam em bicicletas (10% contra 13% na UE).