Face à instabilidade proporcionada pelas condições ainda não definidas pelo Brexit no Reino Unido, a Nissan escolheu o Japão para a produção das unidades europeias do seu novo SUV elétrico, o Ariya.

Com a União Europeia (UE) e o Reino Unido ainda sem um acordo firmado para as transações comerciais na fase pós-Brexit, algumas empresas vão-se precavendo das potenciais implicações no setor económico e laboral, com a Nissan a decidir-se agora pela produção do Ariya no Japão em vez de no Reino Unido, onde a marca tem uma fábrica, em Sunderland.

A informação é avançada pelo jornal japonês Nikkei Asia, que aponta o impasse nas negociações entre o Governo de Boris Johnson e a União Europeia como principal fator pela escolha da fábrica japonesa de Tochigi para a produção do novo SUV elétrico. Em virtude disso, espera-se que o falhanço num acordo comercial leve à imposição de uma taxa de 10% sobre os bens importados do Reino Unido para a Europa, o que elevaria o preço final a pagar pelos consumidores europeus. Logo, ficaria em posição menos vantajosa em comparação com outros modelos produzidos no continente europeu.

Em contraste, as importações provenientes do Japão, têm uma taxa de 7,5%, estando prevista a sua abolição em 2026.

Recorde-se que o Nissan Ariya é o mais recente modelo elétrico da marca japonesa, estreando plataforma 100% elétrica, com diferentes potências e capacidades de bateria, a começar desde logo por uma variante com bateria de 65 kWh e tração traseira com 215 CV de potência. A marca pretende assumir-se como líder no mercado dos elétricos e o novo Ariya é um passo nesse sentido, sendo desenvolvido com diversas novidades tecnológicas.

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