Shark S1: O superdesportivo canadiano que não passou de protótipo

16/07/2021

As décadas de 80 e 90 viram uma grande variedade de automóveis superdesportivos a competirem entre si, nascendo várias pequenas empresas, especializadas na sua produção, que rivalizavam com os grandes nomes, muitas vezes de forma mais arrojada. Como a história nos conta, estas empresas tiveram destinos diferentes, algumas vingaram e ainda hoje estão no activo, outra tiveram de fechar e outros nem sequer começaram.

O caso do Shark S1, podemos dizer que entra na última categoria, pois apenas um protótipo foi construído. Foi o resultar de um sonho, demorando três anos a desenvolver, com bastantes erros de concepção à mistura que fez disparar o seu valor de produção.

Idealizado e desenhado por Rudi Huber no início dos anos 90, que ainda é o actual proprietário, o próprio diz que não é suposto alguém construir o seu automóvel de sonho, mas quando o faz, é um trabalho de muito amor. A ideia da construção do seu próprio automóvel foi devido aos vários problemas que teve com o seu Ferrari, algo como Ferruccio Lamborghini fez. Apesar dos custos avultados do projecto, Rudi não desistiu de criar o Shark S1, com um design bastante em cunha, mas com formas arredondadas, e o projecto foi finalizado em 1996.

O Shark S1 seguiu a linhagem do Vector W8 e do Cizeta V16, mas num sentido menos exótico e mais prático. Para locomover este automóvel, está um motor V8 502 da Chevrolet de 8,2 litros de cilindrada, que debita 550cv. A potência é enviada para as rodas traseiras, através de uma caixa automática de três velocidades TH400. Devido aos vários reforços efectuados na estrutura, o peso não é baixo, situando-se nos 1315kg.

No interior, construído com bastante qualidade, o que salta mais à vista é o painel de instrumentos digital, inspirado na aviação. Para um melhor conforto, foi instalado sistema de ar condicionado na época e, mais recentemente, uma câmara de marcha-atrás. No campo da segurança, o Shark está também equipado com ABS.

Agora, o Shark S1 encontra-se para venda, tudo porque tem andado pouco nos últimos anos pois, tal como qualquer superdesportivo, é bastante desconfortável e baixo, o que torna complicado para Rudi o conduzir. O valor de venda situa-se nos 250 mil dólares, cerca de 210 mil euros.

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