Crentes na tecnologia de pilha de combustível a hidrogénio, a Toyota e a Hino Motors anunciaram que vão trabalhar em conjunto no desenvolvimento de um novo veículo pesado de mercadorias alimentado a hidrogénio que permitirá validar o potencial daquela tecnologia como forma de mobilidade de longas distâncias com emissões zero.

Ao longo dos últimos anos, a Toyota tem sido uma das maiores impulsionadoras daquilo a que chama de sociedade do hidrogénio, expondo a sua visão de que a pilha de combustível poderá ser uma alternativa mais forte para deslocações de grande curso ou para setores onde a mobilidade se faz em grande escala, como é o caso do transporte de mercadorias.

Além disso, também lançou no mercado um veículo ligeiro a hidrogénio, o Mirai, que conhece já a sua segunda geração, sendo um modelo que emite zero poluentes a partir do tubo de escape.

Agora, em colaboração com a sua subsidiária Hino Motors (detém 50,1% daquela), a Toyota, anunciou estar a trabalhar num veículo pesado de mercadorias que terá como base o Hino Profia, um camião utilizado no Japão para o efeito e que terá um chassis específico para o efeito de forma a acomodar os componentes do sistema de pilha de combustível a hidrogénio, como o novo tanque de hidrogénio de alta pressão (70 MPa) que está a ser desenvolvido. Ao mesmo tempo, procura manter uma elevada capacidade de carga, com um peso total ambicionado de 25 toneladas.

A vertente motriz estará equipada com duas unidades de pilhas de combustível iguais às que a Toyota utilizará no Mirai de segunda geração e com sistema de controlo de veículo adequado para pesados desenvolvido pela Hino. A autonomia deste veículo irá rondar os 600 quilómetros, mostrando assim a sua eficácia no transporte de longo curso.

As duas companhias elegeram o hidrogénio como fonte de energia importante para o futuro e têm trabalhado em conjunto no desenvolvimento de tecnologias para este sistema, bem como na inovação da pilha de combustível desde que o primeiro veículo conjunto de ambos, um autocarro a pilha de combustível, ficou pronto para testes em 2003.