Os dados revelados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP) deixam à vista os efeitos da pandemia de Covid-19 em 2021, quando o país voltou a fechar devido ao agravamento do número de casos após os últimos dias de dezembro. De janeiro a março de 2021, foram matriculados em Portugal 31.039 veículos ligeiros de passageiros, ou seja menos 31,5% do que em igual período de 2020.
Em termos acumulados, no primeiro trimestre de 2021, foram colocados em circulação 39.310 novos veículos, o que representou uma diminuição homóloga de 25,7% face ao mesmo período de 2020. Se se olhar para o ano precedente, 2019, que foi o último sem disrupções derivadas à pandemia de Covid-19, a quebra no mercado é mais evidente, já que a comparação com o período homólogo mostra uma quebra de 43,6%.
No caso de março de 2021, a reabertura dos concessionários na primeira fase de desconfinamento trouxe consigo um registo melhor do que o do ano passado, quando em contraponto os concessionários foram obrigados a fechar as suas portas em resposta à ordem de confinamento do Governo. Assim, no terceiro mês de 2021, foram matriculados 16.099 automóveis, ou seja, mais 29,8% do que em igual mês do ano anterior.
Já o mercado ligeiro de mercadorias registou no terceiro mês de 2021 uma evolução positiva de 87,7% face ao mês homólogo do ano anterior, situando-se em 2923 unidades matriculadas. Em termos acumulados, no primeiro trimestre de 2021, o mercado atingiu 7062 unidades, o que representou um ligeiro aumento de 6,4%.
Quanto ao mercado de veículos pesados, o qual engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, teve em março de 2021 um crescimento de 93,9% em relação ao mês homólogo do ano anterior, tendo sido comercializados 477 veículos desta categoria. Em termos acumulados, no primeiro trimestre de 2021, foram matriculadas 1209 unidades, o que representou um crescimento do mercado de 18,2%.
