o nome Africa Twin é sinónimo de aventura, desde que foi lançada a primeira Africa Twin 650, em 1988
Andar de moto com mau tempo pode ser assustador, mas a eletrónica integrada na Adventure Sports dá uma grande ajuda
A Adventure Sports é uma moto grande, o que pode ser intimidante para motociclistas de estatura pequena. Mas, para mitigar esse pormenor a Honda dotou-a de um banco mais estreito e 50mm mais baixo, ficando a 850mm do solo (como opção existe com 825mm), sendo assim possível conduzi-la, seja qual for a sua altura. A nova carenagem frontal mais larga e o para-brisas ajustável com cinco níveis de regulação oferecem uma proteção contra a chuva e vento que contribui ainda mais para o conforto durante a condução. Andar de moto com mau tempo pode ser assustador, mas a eletrónica integrada na Adventure Sports dá uma grande ajuda. A suspensão e o amortecedor Showa têm quatro modos de funcionamento: Soft, Mid, Hard e Off-Road pré-definidos para todas as condições de condução, mas é possível personalizar a gosto no modo User.
O motor – revisto e aumentado para 1084 cc e 101 cv de potência, cuja gestão está a cargo da nova unidade de controlo (IMU) – disponibiliza quatro modos de condução pré-definidos: Tour, Urban, Gravel e Off-Road, mais dois User personalizáveis. Também o ABS em curva inclusive no modo Off-Road, em que pode ser desligado, e ainda a opção anti-levantamento da roda da frente que pode ser definida em três níveis ou desligada.
Tudo isto está à distância do ecrã TFT com 6,5 polegadas a cores que felizmente é sensível ao toque onde podemos controlar todos os seus sistemas, mas apenas com a moto parada. Em andamento, a alternativa são os 16 botões nos punhos. O sistema é compatível com o Apple CarPlay, replicando assim as aplicações e definições do iPhone, para quem o usa.
A joia da coroa é a caixa automática de velocidades DCT, o seu desempenho depois da estranheza inicial é impressionante. A Honda já equipa motos com este sistema há dez anos e está cada vez melhor. Ao circular na cidade no modo D, depois de repetir o mesmo trajeto algumas vezes, o sistema parece que vai “aprendendo” e assim melhorando as passagens de caixa. Para uma condução mais empolgante deve-se escolher o modo S com três níveis, que na prática mantém a mudança mais tempo, aumentando a rotação antes de engrenar a próxima. No entanto, é possível intervir em qualquer momento e sermos nós a decidir que mudança queremos com o indicador ou com o polegar nas patilhas no punho esquerdo. No processo sentimos que o motor tem muita força logo a partir das 2000 rpm, subindo até às 8000 rpm sem problemas. A nota de escape é muito agradável e nas desacelerações ou reduções somos presenteados com o som de umas belas “pipocas”. Pelas suas características, a Adventure Sports é a moto indicada para viajar sem destino e se contemplar algum fora de estrada com a possibilidade de acampar será perfeito. O modo Off-Road ajuda a ganhar confiança, no entanto, recomenda-se prudência nas aventuras a “solo”, pois ainda são 248 quilos, caso a deixe cair.A joia da coroa é a caixa automática de velocidades DCT, o seu desempenho depois da estranheza inicial é impressionante
Preço: a partir de 19.000 €
Ficha técnica
Motor bicilíndrico paralelo, 8 válvulas, 4 tempos, cambota a 270°
Cilindrada: 1084,0 cc
Binário max.: 105 N·m/6.250 rpm
Caixa de velocidades: 6 Velocidades
Suspensão dianteira: Forquilha telescópica invertida Showa de 45 mm, tipo cartucho, com afinador tipo botão para a pré-carga e afinador de dupla função (DF); 230 mm de curso
Suspensão traseira: Braço oscilante monobloco em alumínio, com sistema Pro-Link e amortecedor SHOWA com reservatório de gás, afinadores hidráulicos tipo botão para a pré-carga e para o amortecimento em extensão, 220 mm de curso da roda traseira.
Travão traseiro: Sistema hidráulico de um disco de 256 mm, com pinça de 2 êmbolos
Altura do assento: 850/870 mm
Capacidade útil do depósito: 18,8 l
Peso em ordem de marcha: 226 Kg