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Áustria vai experimentar limite de 140 km/h. Será que funcionava em Portugal?

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Já pensou se a melhor maneira de reduzir a sinistralidade rodoviária fosse… aumentar o limite de velocidade? Pode parecer contraproducente, mas é o que a Áustria vai experimentar fazer, aumentando o limite de velocidade de uma das suas auto-estradas de 130 para 140 km/h, de forma experimental. E em Portugal, será que funcionava? Estaríamos preparados?

Mesmo as autoridades rodoviárias austríacas acham que os austríacos não estão preparados. Este limite vai ser testado como experiência, mas apenas na auto-estrada que liga a sua capital Viena, à sua cidade principal do outro lado do país, Salzburgo. Esse limite vai ser aplicado às duas faixas de ultrapassagem, enquanto a faixa da direita mantém o limite original de 130 km/h.

O ministro dos transportes da Áustria justificou esta experiência com a melhoria dos sistemas de segurança encontrados em automóveis novos, assim como da qualidade das infar-estruturas, e acredita que este aumento de velocidade vai contribuir para uma melhora da qualidade da vida dos motoristas, que assim vão perder menos tempo na estrada. Se a medida funcionar, o limite de 140 km/h vai tornar-se permanente, em todas as auto-estradas do país.

E quanto aos portugueses, que continuam a ter que andar a um máximo de 120 km/h na auto-estrada? Em 2017, foram registados 34.416 acidentes de viação com vítima, dos quais mais de 20 mil se registaram na localidades, e apenas 1921 em auto-estrada. Mas apenas 0,7 por cento dos acidentes em cidades tiveram vítimas mortais, enquanto 2,3 por cento destes aconteceram em auto-estrada.

As auto-estradas foram menos seguras que as estradas nacionais, que tiveram 2,6 por cento de acidentes mortais, e que os itinerários principais e complementares, que tiveram 3,6 por cento. Mas mesmo com menos 26 acidentes que em 2016, no ano passado morreram mais nove pessoas na auto-estrada. Portanto, talvez os condutores tenham que se portar um pouco melhor para justificar a confiança das autoridades portuguesas e merecerem andar mais depressa na auto-estrada.