O Dacia Spring é o automóvel elétrico mais barato à venda em Portugal, não contando com os microcarros como o Yoyo ou o Citroën AMI. Atualmente, o seu PVP situa-se nos 20.400 euros, é o único nessa faixa de preço, mas é cada vez mais provável que não fique sozinho por muito mais tempo.
O novo programa da Skoda, por exemplo, contempla o lançamento de mais quatro modelos 100% elétricos até 2026, incluindo um citadino acessível com base na plataforma elétrica MEB Small, que será usada para produzir os também confirmados VW ID.2 e Cupra Raval.
A Tesla leva mais de quatro anos a desenvolver o projeto do Model 2, para custar também cerca de 25.000 dólares, e com a mesma intenção de democratizar definitivamente o acesso ao veículo elétrico.
Todavia, o primeiro carro elétrico para o segmento B por menos de 25.000 euros na Europa pode chamar-se ë-C3, concretizando o plano da Citroën de ultrapassar a concorrência estabelecida e não só. Antecipando também a ofensiva chinesa, por marcas como a MG ou a BYD.
De acordo com Thierry Koskas, diretor executivo da Citroën, em entrevista a meios de comunicação especializados, o próximo Citroën C3 terá uma versão que irá «tornar a mobilidade elétrica acessível a todos».O ë-C3, ainda de acordo com aquele responsável, vai oferecer uma autonomia superior a 300 km, embora os meios franceses não esclareçam se a opção do fabricante recai sobre as baterias de fosfato de ferro-lítio (LFP), mais baratas, ou nas tradicionais de iões de lítio, com densidade energética superior.
Outras fontes revelam que o novo elétrico acessível da Citroën não será ‘gémeo’ do Opel Corsa-e ou do Peugeot e-208, mas uma versão produzida na Europa do C3 elétrico que já se comercializa no mercado indiano e noutros mercados emergentes.
Este modelo (nas imagens) é produzido na Índia, na fábrica de Chennai, em joint venture pela Stellantis e a CK Birla, baseado numa plataforma desenvolvida pela Tata Consulting e com uma bateria de 29 kWh, anunciando autonomia máxima de 320 km.