O príncipe herdeiro Mohammad bin Salman bin Abdulaziz, que é também é primeiro-ministro da Arábia Saudita, oficializou esta semana o nascimento da Ceer, que será a primeira marca que produzirá automóveis elétricos no país. E mais um passo em direção a uma estratégia que está delineada de forma a utilizar os “petrodólares” para modernizar o reino.
A subida das cotações do petróleo continua a fortificar as finanças da Arábia Saudita, que desde 2013 que não registava um saldo orçamental tão positivo, e que levou já ao forte reforço do seu fundo soberano (na sigla inglesa PIF), o mesmo que está por trás desta “joint venture” agora celebrada com a Foxconn, companhia de Taiwan que é, por exemplo, a maior fabricante do iPhone da Apple no mundo, e será decisiva no processo da Ceer.
“Estamos a iniciar uma nova indústria e um ecossistema que atrai investimentos internacionais e locais”, afirmou Abdulaziz, que também é presidente do PIF, na cerimónia de apresentação de projeto que incluirá a construção de uma fábrica de ponta e de um centro de design, levando à criação de quase 30.000 empregos diretos e indiretos na região.
Em comunicado, o fundo soberano explica que a “joint venture” licenciará tecnologias de componentes da BMW para uso no processo de desenvolvimento dos seus veículos, enquanto a Foxconn desenvolverá a arquitetura elétrica, nas áreas de infotainment, conectividade e de condução autónoma.
Espera-se que os primeiros automóveis elétricos da Ceer cheguem ao mercado em meados de 2025.
