Estudo confirma: comparativamente aos comandos tradicionais, por botões nas consolas, os ecrãs táteis atrasam os tempos de reação por parte dos condutores, obrigam a desviar a atenção da estrada e podem gerar acidentes.

Sabemos que atividades simples, como comer ou falar com os passageiros, são foco de distração para o condutor, mas os especialistas estão atualmente mais preocupados com os efeitos da digitalização a bordo e como prejudica a capacidade de detetar situações de perigo ao volante.

A publicação sueca, Vi Bilägare, realizou um estudo comparativo com 11 modelos novos de diferentes marcas e um veículo do ano de 2005. Os testes dinâmicos visavam perceber quanto tempo demorava o condutor a realizar quatro tarefas simples, como ligar a climatização ou trocar de emissora de rádio, em linha reta e a uma velocidade constante de 110 km/h.

Os resultados são esclarecedores, com franca vantagem para o modelo “analógico”, Volvo V70 com mais de quinze anos. Naquele automóvel o condutor necessitou de 10 segundos e 300 metros para concluir as quatro tarefas propostas.

Com registo aproximado só Dacia Sandero (13,5 segundos) e Volvo C40 (13,7 segundos), modelos que dispõem de ecrãs táteis ainda “não tão sobrecarregados de funções”.

Na lista constam ainda BMW iX (30,4 segundos), Hyundai Ioniq 5 (26,7), Nissan Qashqai (25,1), Seat Leon (29,3), Tesla Model 3 (23,5) e VW ID.3 (25,7).