O anúncio foi feito pelo presidente da comissão de comércio do Parlamento Europeu a uma emissora alemã.
“Estamos perto de um acordo: A China poderia comprometer-se a oferecer carros elétricos na UE a um preço mínimo”, disse Bernd Lange à n-tv. “Isto eliminaria a distorção da concorrência através de subsídios injustos, que é a razão pela qual as tarifas foram originalmente introduzidas”.
Bernd Lange não adiantou mais pormenores sobre as conversações, reiterando apenas que a China e a União Europeia estão “perto de um acordo”. A Comissão Europeia preferiu remeter-se ao silêncio e não comentar o assunto.
No mês passado, a União Europeia decidiu aumentar as tarifas sobre os veículos elétricos fabricados na China até um máximo de 45,3%, uma medida que dividiu a Europa e desencadeou a retaliação de Pequim.As tarifas, que entraram em vigor a 30 de outubro, foram impostas para contrariar o que a Europa considera serem subsídios injustos por parte de Pequim aos construtores de automóveis elétricos, incluindo financiamento e subsídios preferenciais, bem como terrenos, baterias e matérias-primas a preços inferiores aos do mercado.
Apesar da entrada em vigor das tarifas, que vigorarão por cinco anos, ambas as partes continuaram as negociações para encontrar uma solução, alimentando as esperanças, principalmente entre os fabricantes de automóveis alemães – que dependem fortemente do mercado chinês – de que um conflito comercial possa ser evitado.
Na altura, a Câmara de Comércio da China para a UE afirmou estar profundamente desapontada com a medida “protecionista” e “arbitrária” da UE.
