O ex-engenheiro da Google voltou esta semana aos tribunais para enfrentar a acusação de 33 crimes de roubo de segredos industriais da Google, arriscando uma sentença máxima de dez anos de prisão, além de uma multa a rondar os 220 mil euros, por cada um dos crimes de espionagem comercial de que está acusado.
Os acontecimentos remontam ao ano de 2016, quando Anthony Levandowski, alegadamente, transferiu cerca de 14 mil documentos com informações confidenciais sobre todos os projetos que liderava enquanto engenheiro da Google, incluindo detalhes do desenvolvimento do sistema de condução autónoma.
Segundo a agência Reuters, Levandowski terá utilizado todo este material para criar um projeto seu. Levandowski saiu da Google para fundar a Otto, companhia especializada no desenvolvimento de sistemas para veículos pesados, levando consigo uma equipa de reputados engenheiros da Google… e muitos segredos. A jovem empresa foi adquirida pela Uber pouco tempo depois, com Levandowski como responsável pela unidade de automóveis autónomos da empresa norte-americana de transportes.
Logo em 2017, a Waymo acusou a Uber e Levandowski pelo roubo de segredos industriais. «Eles usaram propriedade intelectual nossa para não perderem», acusou a marca da Google.
