A carroçaria do 365 GTC/4 foi desenhada nos estúdios da Pininfarina em 1970, pelas mãos de Filippo Sapino, com um desenho em cunha, típico da época, traseira fastback, faróis escamoteáveis e algo pouco usual, para-choques integrados na carroçaria. A carroçaria era construída em aço nas instalações da Pininfarina, com portas, capot e tampa da bagageira de alumínio. As jantes de série eram de magnésio com aperto central da Rudge, mas como opção poderia vir equipado com jantes raiadas da Borrani.
Como equipamento de série, o 365 GTC/4 trazia ar condicionado, direcção assistida hidráulica e vidros eléctricos. O interior era forrado quase todo em pele, com alguns pormenores em tecido, pouco típico de um modelo da Ferrari, mas havia a opção de vir totalmente forrado a pele.
A suspensão independente nas quatro rodas de triângulos sobrepostos é mais “macia” no 365 GTC/4, para tornar o automóvel mais confortável e não tão desportivo como o Daytona, com duplo amortecedor na traseira. Conta ainda com barras estabilizadoras na frente e traseira.
Como dito acima, o 365 GTC/4 seria ofuscado pelo sucesso do 365 GTB/4 Daytona, o porta-estandarte da marca italiana, sendo praticamente esquecido na história. Continua a ser um Ferrari bastante raro, e com um desenho bastante agradável aos olhos de alguns, sendo conhecido em Itália pelo “Gobbone”, ou seja, o corcunda – e contando ainda com a benesse de ter dois pequenos lugares traseiros.