A nível mecânico está equipado com o motor V8 Tipo F129, de 3,5L de cilindrada e cinco válvulas por cilindro (daí a designação F355), sendo esta a grande evolução do motor em relação ao modelo anterior, produzindo uma potência de 380cv às 8.250rpm e um binário de 363Nm às 6.000rpm.
No entanto, no campo da competição, o F355 é um modelo um pouco esquecido, pois a Ferrari apenas apostou no F355 Challenge, ao contrário tanto do seu antecessor como do seu sucessor, que além das versões do campeonato monomarca, viram também serem produzidas variantes para competir nos campeonatos mundiais de GT – como o 348 GT e o 360 GT, ambos produzidos pela Michelotto a pedido da própria Ferrari. O F355 ficou esquecido muito por culpa da Michelotto estar ocupada a produzir os F40 LM e a sua evolução F40 GTE, assim como no desenvolvimento dos protótipos 333SP.
É aí que entra o piloto Franco Scapini, conhecido por participar em várias provas de resistência pelo mundo fora, tendo sido também piloto de testes para a Fórmula 1. O pai de Franco tinha um concessionário Ferrari e, aproveitando esse facto, Franco competiu no F355 Challenge através da sua equipa Supertech, com o automóvel que encontramos neste artigo; no entanto, ele não estava satisfeito e queria competir com algo mais potente.
Como “o sonho comanda a vida” Franco meteu “mãos à obra” e começou a fazer as alterações necessárias ao seu F355 Challenge, seguindo os regulamentos de GT3, para assim poder competir nas provas de resistência. Tudo foi alterado nas instalações da concessão do seu pai, desde as suspensões e motor, ao chassis e à carroçaria.
No final, o F355 GT3 de Franco Scapini ficou uma máquina de 430cv às 9.200rpm, mantendo a caixa manual de seis velocidades original, para um peso de apenas 1.148kg, o mínimo requerido pela regulamentação de GT3. De seguida, competiu três vezes nas 24h de Daytona, assim como nos campeonatos de GT de Espanha, França e Itália, vencendo algumas corridas.Atualmente, este único F355 GT3 produzido está à venda na Jan B. Lühn, na Alemanha, tal como terminou a sua carreira em 2000, excepção feita ao rollbar, por imposições regulamentares e de segurança.
