Já tem novo dono o único Ferrari 250 Testa Rossa não restaurado do mundo

05/02/2024

O 250 Testa Rossa foi introduzido no final de 1957 em resposta a uma alteração das regras que limitava a cilindrada máxima do motor a três litros para os automóveis que competiam na ‘corrida das corridas’ do calendário de desportos motorizados, as 24 Horas de Le Mans. O novo veículo com motor V12 viria a revelar-se um enorme sucesso, conquistando a vitória na famosa prova de resistência em 1958, 1960 e 1961, bem como ajudando a Ferrari a ganhar os títulos de construtor do Campeonato do Mundo de Sports Cars nesses mesmos anos. A marca viria a construir apenas 33 unidades entre 1957 e 1961, 19 das quais eram para clientes com volante à esquerda e o característico pontão, desenhado por Scaglietti.

Este exemplar de 1957, chassis 0704 TR, é um dos dois únicos exemplares sobreviventes da vitoriosa época de 1958 da Ferrari, bem como o único 250 Testa Rossa não restaurado ainda existente. A carroçaria não era a única diferença entre o automóvel de corrida construído para o efeito e as versões para clientes, dado que as versões utilizadas pela Scuderia Ferrari, como esta, também tinham volante à direita e utilizavam um eixo traseiro De Dion. Todos os 250 Testa Rossa são alimentados por um motor Tipo 128 Colombo V12 de 3,0 litros que pode produzir mais de 300 cavalos e levar o automóvel a uma velocidade máxima de 270km/h.

Após a saída da competição, pertenceu à colecção do Museu Henry Ford durante trinta anos, entre 1967 e 1997, brilhando posteriormente em diversos concursos e salões internacionais, destacando-se a edição de 2014 do Concurso de Elegância de Pebble Beach.

Sendo o único exemplar remanescente não restaurado, seguiu agora para novas mãos através de um evento privado da Gooding & Company, por um valor não revelado mas considerado “considerável” pela casa de leilões californiana.

Fotografia: Wouter Melissen e Gooding & Company