“Não vou mentir – foi bastante assustador. Em todas as doenças porque passei, sempre havia o sentimento que a medicina e o tempo podiam eventualmente trazer a cura. Mas com a Covid-19 tu tens de ficar ali deitado, sozinho, sabendo que aquele medicamento não está a caminho e que o tempo é o teu pior inimigo”, escreveu Jeremy Clarkson, na coluna de opinião que assina no The Sunday Times.

O antigo apresentador do “Top Gear”, e o rosto atual do programa “The Grand Tour”, ao lado de Richard Hammond e James May, confirmou que testou positivo à Covid-19 e, no texto, revela detalhes da luta que travou contra a doença.

“Quatro dias antes do Natal, acordei uma noite com os lençóis da cama ensopados. E tinha uma tosse seca constante”, escreveu, acrescentando: “O médico foi muito claro – eu iria sentir-me debaixo de água entre cinco e 14 dias e depois eu ficaria melhor ou teria de dirigir-me para o hospital”, explicou.

O apresentador de 60 anos, que diz que “fumou meio milhão de cigarros”, para além de ter já passado por uma pneumonia grave, considera que pertence ao chamado grupo de risco e confessa que estava bastante assustado nos dias que se seguiram ao diagnóstico.

Clarkson, que sentiu muitas dificuldades em respirar, reconheceu que chegou a pensar o pior: “Eu provavelmente vou morrer, entregue a mim próprio, numa tenda de plástico isolada”.