A pandemia trouxe quebras nas vendas de veículos a particulares, mas o setor dos veículos de mercadorias está com um bom desempenho – estas são algumas das conclusões apresentadas no Barómetro do Mercado Automóvel, que decorreu no dia 3 de dezembro, organizado pelo StandVirtual.
Entre janeiro e novembro de 2020, as quebras no mercado ligeiro de passageiros foram de 36,4%, em comparação com igual período de 2019, segundo dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP).
Durante o mês de novembro de 2020, o mercado ligeiro de passageiros registou quebras de 27,9%, comparativamente a igual período do ano anterior. Este mercado tinha verificado alguma recuperação nos meses anteriores a novembro.
Para Luís Ribeirinho, do AvaliarCarro.com, esta quebra pode ser explicada pelo “aumentar das regras de confinamento e consequente incerteza financeira, que marcaram o mês de novembro”.
Se, por um lado, o mercado de particulares registou quebras, devido à atual situação de pandemia, o mesmo não aconteceu com o mercado empresarial.Durante o mês de novembro (comparativamente ao mesmo mês do ano anterior), os ligeiros de mercadorias tiveram uma quebra de apenas 1,4%, enquanto “os pesados de mercadorias tiveram uma subida de 19,3%”, referiu António Cavaco, da ACAP.
Esta subida dos veículos pesados pode estar relacionada com o “aumento das compras feitas online e a consequente necessidade de transporte de mercadorias”, acrescenta Luís Ribeirinho.
Menor oferta de usados
Voltando aos particulares, a quebra no número de matrículas novas durante novembro (comparativamente ao mesmo mês de 2019), trouxe uma menor oferta de veículos usados, o que pode trazer alguma dinâmica a este mercado, tendo em conta que, “com menos veículos disponíveis, os preços não caem (e podem mesmo subir, em alguns segmentos)”, conclui o mesmo responsável, do AvaliarCarro.com.
Em 2020, as quebras foram registadas nos meses em que existiram mais restrições económicas devido à pandemia: março e abril. Agosto foi o mês com mais visitas ao StandVirtual.
Durante o ano de 2020, o mercado de usados registou quebras comparativamente ao ano passado, mas foram quebras menores às registadas no mercado de novos.