Nissan Juke: Se todos gostassem do azul, o que seria do amarelo?

30/03/2024

Cor exterior amarela marca o regresso do crossover nipónico, que foi alvo de várias atualizações em matérias de acabamento, ergonomia e conforto.

 

Recordam-se da expressão popular que diz, “se todos gostassem do azul, o que seria do amarelo?”. Pois, no caso no Juke, a Nissan inverteu a ordem do ditado. Através de um estudo, chegou à conclusão de que o exterior amarelo é aquele que mais forte bate no coração dos clientes e fãs do crossover nipónico. “Coitado do azul”, pode dizer-se.

Na apresentação internacional, realizada em Barcelona, o “regresso do amarelo”, que tantas paixões despertou, foi tema (e cor) dominante. Vejamos o que disse Arnaud Charpentier, vice-presidente da Nissan. “Quando introduzimos, pela primeira vez, a segunda geração do Juke, a pergunta que nos faziam com mais frequência era: ‘haverá um amarelo?”. Dito e feito. “Com uma procura tão clara por parte dos nossos apaixonados clientes do Juke, tivemos de ouvir. Aproveitámos a oportunidade durante o ciclo de vida do Juke para fazer algumas outras alterações que melhorariam o conforto, a conveniência e o ambiente geral de vida a bordo para condutores e passageiros”, acrescentou.

“Pintar a manta”

O novo amarelo tem um tom diferente do da geração anterior do Juke. Comparado ao oferecido no Juke anterior, o novo é um pouco mais claro, dando um visual mais moderno. Mas nem só de cores trata o Juke, versão 2024. Seria redundante focar toda a evolução na carroçaria do modelo, quando existem várias novidades no interior, espaço onde a marca também, pode dizer-se, “pintou a manta”, e ainda houve tempo para a adoção de uma estética mais desportiva, caraterizada pelo renascimento da variante N-Sport. Neste caso, o amarelo contrata com o preto no teto, rodas, espelhos retrovisores, inserções nas cavas das rodas, grade e pilares A e B. O resultado? Uma personalidade mais “atrevida” do Juke.

O habitáculo espelha o mesmo efeito preto/amarelo, sempre presente em vários componentes a envolver o painel de instrumentos e o ecrã central do sistema de infoentretenimento com 12,3 polegadas. O interior beneficia de novos materiais e acabamentos melhorados. Além disso, a conectividade foi atualizada. O novo painel de instrumentos é totalmente digital e existem ligações ao dispositivos como Apple CarPlay e Android Auto, sem fios. Tanto na variante N-Sport, como nas restantes (N-Connecta, N-Design e Tekna) existem novos e tecidos, sempre com o objetivo de melhorar o conforto.

Gasolina e híbrido

Nada de novo a registar em matéria de motores. O mesmo será dizer que continuam ao serviço do Nissan Juke um propulsor a gasolina e outro híbrido. São eles: 1,0 litros, três cilindros, turbo; 117 cv e 180 Nm; caixa manual de seis velocidade ou automática (dupla embraiagem) com sete velocidades e 1,6 litros, quatro cilindros (94 cv e 148 Nm); motor elétrico (49 cv e 205 Nm); 143 cv (combinados); motor-gerador (15 kW); bateria de 1,2 kWh. O resultado líquido, nesta opção eletrificada, é um grupo propulsor que garante 25% mais potência do que a atual opção de motor a gasolina, com uma redução do consumo de combustível até 40% em ciclo urbano e até 20% em ciclo combinado.

Ainda sem preços nem data de chega ao mercado nacional (devendo estar para breve), o Juke será produzido na fábrica da Nissan, em Sunderland, local onde foram construídas mais de 1,3 milhões de unidades desde o lançamento do original em 2010. O crossover ocupará uma segunda linha de produção, juntamente com o Qashqai.