O ex-presidente da Renault-Nissan, que escapou à prisão domiciliária no Japão, fugindo para o Líbano, continua a alegar ter sido alvo de uma cabala e, segundo este, a intenção de levar a sua história aos cinemas serviria para transmitir a sua versão dos acontecimentos. Carlos Ghosn terá mesmo procurado os serviços de Michael Ovitz, fundador da agência de representação Creative Artists Agency e antigo presidente dos estúdios da Disney, com o objetivo de explorar a viabilidade de transpor a história recente do executivo para o grande ecrã.
Agora, o ex-executivo da Nissan revela que, antes de uma possível adaptação da sua história recente ao cinema, irá relatar toda a verdade dos factos num livro, a publicar ainda este ano.
Ghosn continua a garantir que o sistema judicial japonês não atuou de forma justa e tenciona prová-lo no livro que conta com a colaboração de Philippe Riès, antigo diretor da delegação da Agência France-Presse no Japão.
“Esperem que publique o meu livro”, afirmou Ghosn numa conferência online realizada na passada sexta-feira. “Quando isso acontecer vão entender melhor todos os acontecimentos. Temos relatos de muita gente que trabalha nos bastidores”, avisa.