Conduzir com o nível de combustível na reserva é uma prática inofensiva para o automóvel a curto prazo. Esporadicamente, percorrer alguns quilómetros “no vermelho” não trará problemas de maior para a mecânica. O problema é quando esta prática é repetida, seja por desconhecimento, desleixo ou mesmo parte de um plano especial de contenção de despesas. A verdade é que conduzir sempre com o depósito quase vazio pode sair-lhe caro. Por três motivos diferentes:
- Mecânica
Avarias graves em diversos órgãos mecânicos. A longo prazo, conduzir com o depósito de combustível nos mínimos vai afetar o funcionamento de alguns componentes do automóvel. Os especialistas da Vulco explicam que é uma prática que “castiga” especialmente a bomba de combustível: “este elemento encarrega-se de sugar o carburante do depósito para o conduzir, através do circuito do motor, aos cilindros. Com pouco combustível, o esforço que realiza é maior e, portanto, o seu desgaste também. Além disso, o combustível encarrega-se de manter a bomba a uma temperatura ótima de funcionamento. E mais: se se avariar a própria bomba, repará-la não é barato”.
- Rendimento
Depois, os resíduos do combustível acumulados no fundo do reservatório são arrastados para o sistema de alimentação do carro. Além de aumentar o esforço que a bomba de combustível tem de fazer para cumprir a sua função de transportar o combustível até ao motor, esta sujidade que existe tanto no gasóleo como na gasolina pode entupir o filtro de combustível e obstruir os injetores a médio prazo.
“Se a sujidade chegar ao motor, este poderá render menos e consumir mais. Também deve ter em conta que podem ocorrer falhas na ignição quando a alimentação de combustível é irregular”, explicam os especialistas da Vulco.
- Multa