Os quatro cantos do país, unidos por um automóvel elétrico

27/05/2021

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No segundo dia da 1ª Volta Elétrica a Portugal foi colocada à prova a capacidade de abastecimento na zona interior e norte do país.

Depois de uma noite, breve, passada na Guarda, veículos e ocupantes reuniram-se bem cedo para enfrentar a etapa que mais ambiciosa nesta maratona ecológica. O destino final seria Mirandela, com paragem intermédia em Mirando do Douro, para o tão necessário carimbo da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting na folha de prova.

Em pleno contraste com a etapa anterior, percorrida durante a noite e com pontos de carregamento facilmente disponíveis em caso de necessidade, a manhã do dia 26 de maio viu chegar a luz que banhava os declives que acompanham o rio Douro. Aqui, é necessária uma gestão apurada das médias de consumo de kW/h, para cumprir com as metas de autonomia à chegada do terceiro canto de Portugal, o castelo de Miranda do Douro, uma vez que esta etapa pressupunha 306 quilómetros percorridos sem carregamentos intermédios.

Um desafio imposto pela menor densidade de postos de carregamento que ainda se faz sentir nesta região do país, mas amplamente superado pelas três equipas que participam nesta prova. À chegada ao posto, os EQA 250 apresentavam uma média de 26% de bateria ainda disponível, demonstrando a capacidade de regeneração em descidas e travagens, útil para fazer face às inevitáveis subidas que caracterizam a região de Trás- os-Montes.

Com a minuciosa organização do Clube Escape Livre, a caravana de veículos da gama EQ da Mercedes-Benz voltou a rolar de acordo com o calendário, logo após o almoço e já com mais de 1338 quilómetros bem “digeridos”.

Pela frente, paragens na belíssima vila de Ponte de Lima para o segundo carregamento do dia, após o qual a caravana seguiu rumo a Caminha e à validação oficial dos representantes da FPAK. Com os quatro cantos deste “retângulo” para trás no mapa desta 1ª Volta Elétrica a Portugal, a prova não estava, ainda assim, concluída, mas em jeito de balanço as equipas avaliavam as prestações de condutores e veículos.

Numa iniciativa que, assim de tudo, visa comprovar que a utilização de veículos elétricos já não consiste num percurso problemático e impossível, a opinião geral apontava para um salto qualitativo tanto do lado dos veículos como da rede de postos de abastecimento.

Entenda-se, contudo, que adotar um veículo elétrico como modo de transporte ainda implica algum nível de gestão e uma certa tolerância face a períodos de carregamento que rondam os 25 minutos para o equivalente a 80% da capacidade das baterias. Mas face às vantagens propostas por estes veículos – económicas e ambientais – estes são aspetos cada vez mais fáceis de inserir no nosso quotidiano, especialmente se pensarmos que os avanços tecnológicos neste setor não parecem estar esgotados.

Seguir-se-iam as placas que sinalizam a passagem por Vila Nova de Gaia e finalmente, Nazaré, local de pernoita para este segundo dia, antecipando a conclusão da 1ª Volta Elétrica a Portugal, prevista para a tarde do dia 27, em Lisboa, mais de 2000 quilómetros – e muitos kW – depois.