Embora os veículos autónomos possam ser apontados como o futuro, a sua adaptação ao presente requer ainda uma abordagem mais calma, como demonstra a experiência cancelada em Paris com os transportes autónomos da Navya.

Lançada em julho de 2017, demorou pouco mais de dois anos até que a experiência com um minibus elétrico e autónomo na zona de la Défense, uma das mais concorridas da capital parisiense, conhecesse o seu fim antecipado.

“No final da experiência, o resultado global não é satisfatório”, lê-se no comunicado emitido por aquela autarquia, indicando que “por um lado, a tecnologia não se conseguiu adaptar às mutações do ambiente urbano. Por outro, o objetivo de passagem ao modo ‘totalmente autónomo’ não resultou. Por fim, a velocidade de circulação do minibus não conseguiu progredir e, assim, tornar o serviço atrativo. Nestas circunstâncias e em vista desta avaliação misto, Paris-La Defense não pretende renovar a experiência”.

Um desfecho que os primeiros seis meses de utilização não deixavam antever, uma vez que nesse período, mais de 30.000 utilizadores andaram a bordo do veículo autónomo da Navya (operado pela Keolis, empresa de transportes públicos), com uma taxa de 97% de satisfação e 88% de intenções de o reutilizar.

Mas, depois de um tempo de paragem em sequência de um acidente em dezembro de 2017 e, retomada a circulação em junho de 2018, o total de utilização até maio de 2019 situava-se nos 11.865 viajantes, de acordo com dados fornecidos pela autarquia, bastante aquém do esperado.

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