Tudo começou com a redução da procura, justificada pela pandemia, que determinou que as produtoras de circuitos integrados reduzissem a produção de chips destinados à indústria automóvel. Agora, a procura foi retomada, mas a oferta parece não conseguir acompanhar as solicitações, com o setor a enfrentar globalmente uma dura crise pela falta de componentes.
Isto, apesar de, no fim de janeiro, a taiwanesa TSMC, maior produtora global, se ter comprometido a dar prioridade ao setor. A empresa mostrou assim abertura para resolver a falta de oferta, depois de várias marcas, Volkswagen incluída, e governos terem acionado os canais diplomáticos. No entanto, a resposta parece tardar e a mais recente vítima é a fábrica de Palmela do Grupo Volkswagen.
A unidade vai suspender as suas operações entre os dias 22 e 28 de março devido à “escassez de semicondutores”, noticiou a Lusa, o que se traduz na “perda de 5700 automóveis”.
“A distribuição condicionada de semicondutores na indústria automóvel, que não tinha até ao momento provocado qualquer interrupção na atividade da fábrica de Palmela, obriga agora a cancelar todos os turnos de produção entre os dias 22 e 28 de março”, refere um comunicado da fábrica.
A fábrica de Palmela recorda que o Grupo Volkswagen criou um grupo de trabalho no último trimestre de 2020, precisamente com o objetivo de minimizar o impacto da escassez global de semicondutores nas suas fábricas.No comunicado, a Volkswagen Autoeuropa refere ainda que iniciou este ano de 2021 a operar na sua máxima capacidade, tendo apenas ajustado os turnos de produção durante duas semanas em função do anúncio do encerramento dos estabelecimentos de ensino.
A empresa prevê retomar a produção às 00:00 horas do dia 29 de março.
