Em 2018, novo aumento na média de emissões de dióxido de carbono (CO2) nos modelos novos matriculados na União Europeia, com o registo de 120,6 gramas por quilómetro, cada vez mais longe do objetivo para 2021: 95 g/km!
A tendência começa a explicar-se no papel, com as mudanças operadas no protocolo de medição e homologação de consumos e emissões, desde a entrada em vigor do método WLTP, com valores mais próximos dos da condução de todos os dias.
Mas, segundo os especialistas, outros fatores influenciam diretamente a estatística. Desde logo, a procura crescente de automóveis com modernos motores gasolina que, em média, emitem mais 3,2 g/km… E, claro, a enorme aceleração nas vendas de modelos com o formato insuflado da moda, os SUV.
Contas feitas pela Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA), no ranking dos países com parque automóvel mais amigo do ambiente, a Holanda, com 105,5 g/km de emissões de CO2, o registo médio mais baixo em toda a Europa, à frente de Malta, com 105,9 g/km.
Portugal e Dinamarca completam o grupo de países que se situaram abaixo da barreira psicológica dos 110 gramas por cada quilómetro em 2018 (com 106,3 g/km e 109,6 g/km, respetivamente).No outro lado da balança, com valores de emissões de CO2 que ultrapassam a média europeia, Áustria (123,1 g/km), Bulgária (128,1), Chipre (123,3), República Checa (125,6), Estónia (132,3), Alemanha (129,9), Hungria (129), Letónia (129), Lituânia (128,6), Luxemburgo (131,4), Polonia (127,7), Roménia (121,5), Eslováquia (127,6), Eslovénia (120,9), Suécia (122,3) e Reino Unido (124,8).
O Diesel a perder terreno
Os dados apresentados pela ACEA também espelham a tendência atual no que diz respeito ao tipo de motorizações que equipam automóveis novos, com os Diesel a perder terreno para os modernos blocos a gasolina. Em 2018, 56,7 % dos carros novos comercializados na União Europeia eram a gasolina.