Protótipo do Dia: Fiat Panda 4×4 Strip

11/04/2024

O Fiat Panda é um automóvel icónico no seio da Fiat, desenhado por Giorgetto Giugiaro e Aldo Mantovani na Italdesign e apresentado em 1980 no Salão de Genebra, com o objectivo de ser um automóvel barato, tanto na hora da aquisição como na sua manutenção, sempre com a simplicidade em mente. A produção da primeira geração durou até 2003, com quase 4,5 milhões de unidades construídas.

Mecanicamente, o Panda da primeira geração estava equipado com os mesmos motores do Fiat 126 e do 127, divididos em duas versões consoante o motor. O Panda 30 estava equipado com o motor de dois cilindros do 126 com arrefecimento a ar e 652cc de cilindrada, enquanto que o Panda 45 estava equipado com o motor do 127 de quatro cilindros e 903cc de cilindrada. Em Setembro de 1982 aparece o Panda 34 equipado com o motor derivado do Fiat 850 de quatro cilindros e 843cc de cilindrada, reservado para mercados específicos.

Em Junho de 1983 é lançado o Panda 4×4 equipado com um motor de 965cc de cilindrada e 48cv derivado do Autobianchi A112, marcando a história automóvel por ser o primeiro pequeno automóvel com motor transversal colocado na frente e com tracção integral. O sistema foi desenvolvido pela austríaca Steyr-Puch e era manualmente seleccionável por meio de uma alavanca.

O projecto do Panda 4×4 já estava planeado logo desde o lançamento do modelo, em 1980, uma vez que a Italdesign apresentou dois protótipos no Salão de Turim de 1980: o Panda 4×4 Offroader e o Panda 4×4 Strip.

O Panda 4×4 Offroader era a versão mais civilizada, sendo esta a que serviu de base para o modelo de produção, uma vez que a patente da Italdesign foi vendida à Fiat no final do Salão de Turim para iniciar a produção do que viria a ser o Panda 4×4 lançado em 1983. Por outro lado, o Panda 4×4 Strip era o mais aventureiro e sobre o qual nos vamos debruçar neste artigo.

O Panda 4×4 Strip não tinha portas nem tejadilho, apenas uma cobertura de lona, sendo um veículo destinado aos dias de praia ou de passeios pela montanha no Verão. O pára-brisas tinha dobradiças, podendo assim ser “deitado” no capot, permanecendo apenas a rollbar central obrigatório devido à segurança dos passageiros.

No interior o tecido dos bancos foi produzido de forma a ser lavável e trocado quando houvesse necessidade. Os bancos traseiros passaram a ser corridos e colocados em cada um dos lados da caixa de carga.

Para desgosto dos entusiastas, esta versão acabou por nunca ser produzida, nem em pequenos números, permanecendo apenas como protótipo: seria certamente um excelente automóvel para passear nos dias quentes de Verão.

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